X intensifica disputa legal e inclui Twitch em processo sobre boicote publicitário
A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, adicionou a Twitch à sua lista de réus em um processo que alega conspiração ilegal para boicote publicitário na plataforma. A ação judicial, inicialmente apresentada em agosto deste ano, ganhou um novo capítulo com a inclusão da plataforma de streaming pertencente à Amazon.
O processo acusa membros da Global Alliance of Responsible Media (GARM), uma iniciativa sem fins lucrativos agora descontinuada, de coordenarem ilegalmente a retenção de bilhões de dólares em receitas publicitárias do então Twitter.
A GARM, que estabelecia definições comuns e estruturas voluntárias sobre segurança de marca e discurso de ódio, encerrou suas operações dias após o processo inicial. A World Federation of Advertisers (WFA), que ainda contesta a ação, afirmou não ter recursos para manter as atividades da GARM durante a batalha judicial.
A inclusão da Twitch como ré demonstra que o X não pretende recuar em sua batalha legal contra anunciantes, mesmo após declarar vitória sobre o fechamento da GARM. A Unilever, anteriormente incluída no processo, foi removida em outubro após um acordo não divulgado.
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Twitch se junta a uma longa lista de processo do X
Segundo a ação judicial atualizada, pelo menos 18 membros da GARM, incluindo Mars, CVS Health, Ørsted e agora a Twitch, interromperam seus anúncios no Twitter entre novembro e dezembro de 2022. O processo alega que a Twitch não comprou anúncios na plataforma nos EUA desde então.
A queda nas receitas publicitárias do X tem sido significativa desde a aquisição por Elon Musk em 2022. As demissões em massa nas equipes de vendas e segurança, além do retorno de contas anteriormente banidas, contribuíram para afastar grandes anunciantes.
O comportamento controverso de Musk, incluindo declarações hostis contra anunciantes que boicotaram a plataforma, também não tem estimulado o retorno dos investimentos publicitários. Em uma ocasião memorável, o empresário chegou a dizer aos anunciantes que realizavam boicote para “irem se f****”.
A WFA, através de seu CEO Stephan Loerke, manifestou em agosto sua confiança na vitória judicial, afirmando que o resultado do processo demonstrará total conformidade com as regras de concorrência em suas atividades.
Fonte: Reuters