Wiz, Motorola e mais: conheça as maiores aquisições do Google
O Google anunciou a aquisição da empresa de cibersegurança isralense Wiz, o maior acordo de sua história com o valor de US$ 32 bilhões. Essa não foi a primeira e nem será a última da Big Tech que, nos últimos três anos, arrematou mais empresas do mesmo setor e fez outras compras históricas, como a Motorola Mobility.
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Quais foram as 10 maiores aquisições do Google?
A compra da Wiz lidera o ranking de aquisiçõe do Google. Confira a lista:
- Wiz (cibersegurança): US$ 32 bilhões – 2025;
- Motorola Mobility (telecomunicações): US$ 12,5 bilhões – 2011;
- Mandiant (cibersegurança): US$ 5,4 bilhões – 2022;
- Nest Labs (hardware): US$ 3,2 bilhões – 2014;
- Double Click (publicidade): US$ 3,1 bilhões – 2007;
- Looker (análise de dados): US$ 2,6 bilhões – 2019;
- Fitbit (hardware): US$ 2,1 bilhões – 2021;
- YouTube (internet/vídeos): US$ 1,65 bilhão – 2006;
- Parte das operações da HTC (telecomunicações): US$ 1,1 bilhão – 2017;
- Waze (internet/mobilidade): US$ 970 milhões – 2013.
Por que Big Techs compram outras empresas?
Dois fatores impulsionam a compra de outras empresas por Big Techs, segundo especialistas ouvidos pelo Canaltech: a concorrência e o estabelecimento de uma estrutura que comporte as rápidas inovações do setor, principalmente em relação à inteligência artificial generativa, armazenamento de cloud e cibersegurança.
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Quando se trata do setor de cibersegurança, as grandes empresas precisam ser ágeis na expansão de capacidade de proteção, ao mesmo tempo em que expandem as funcionalidades e força de processamento de suas soluções.
O professor de MBA da FGV e especialista em tecnologias emergentes e IA, Kenneth Corrêa, elenca que existem três motivadores principais para a recente aquisição do Google que podem se expandir para outras Big Techs.
O primeiro seria a necessidade de proteger ambientes multicloud frente a um cenário em que as empresas utilizam diferentes provedores de nuvem simultaneamente como AWS, Azure e Google Cloud.
“Em sequência, há a urgência em desenvolver defesas contra ameaças potencializadas por IA, como malwares que evoluem em tempo real e deepfakes cada vez mais sofisticados. E, por fim, temos o posicionamento competitivo no mercado de nuvem, onde o Google compete diretamente com Amazon e Microsoft, por exemplo”, explica o especialista.
O professor da masterclass de Inovação da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Hugo Cayuela, adiciona que, para além dos interesses puramente competitivos e técnicos, também há a necessidade de aquisição de talentos de empresas já estabelecidas.
“Existe o interesse de desenvolvimento de competências de segurança em Cloud, aquisição de talentos com competências de inovação e fortalecimento da reputação e confiança nos serviços”, elenca.
Por que o Google adquiriu 3 empresas de cibersegurança nos últimos anos?
Em 2022 o Google adquiriu a Mandiant e a Siemplify e, nesta semana, fechou a compra da Wiz. O montante investido nas três organizações foi de aproximadamente US$ 38 bilhões.
O especialista em cibersegurança e membro do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber) , Rodrigo Fragola, explica que a aquisição de empresas de cibersegurança pelo Google e outras Big Techs visa suprir, na maioria das vezes, seus próprios sistemas de forma mais barata.
“Essas empresas têm cibersegurança, mas elas não vendem cibersegurança. Então, o Google faz a compra de organizações do setor para atender as empresas do grupo de forma mais econômica. E, ao mesmo tempo, manter a atuação da Wiz no mercado, por exemplo, aumentando a receita”, aponta Fragola.

O especialista também elenca que a mão de obra especializada do setor é outro fator decisivo na aquisição de empresas de cibersegurança. “É muito mais difícil você abrir uma empresa de cibersegurança, do que adquirir uma já estabelecida que possui uma mão de obra qualificada que será direcionada para a própria Big Tech e para o mercado”, adiciona.
Ataques cibernéticos também são fatores na aquisição de empresas
“Com o aumento de ataques sofisticados utilizando IA, como phishing com deepfakes, ter uma tecnologia robusta de segurança integrada à sua infraestrutura de nuvem se tornou imperativo para as grandes empresas de tecnologia como o Google”, elucida o professor da Fipecafi Hugo Cayuela.
O especialista também adiciona que ter capacidade de processamento e sistemas de segurança robustos elevam essas empresas na liderança de segurança na era da IA que, segundo Cayuela, é o setor que se tornando “um dos principais direcionadores do mercado de tecnologia hoje”.
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