Top Influencer do LinkedIn diz que ceder dados para World é o mesmo que apostar em bets
Em um ano que começa com debates acalorados sobre as apostas entre brasileiros, as populares “bets”, uma brasileira Top Influencer do LinkedIn publicou um artigo de opinião sobre o tema, comparando com a cessão de dados para a World.
Esta última, associada com a Worldcoin, é uma empresa que tem colhido dados da íris dos brasileiros nos últimos meses. Em nota encaminhada ao Livecoins em dezembro de 2024, por exemplo, a empresa disse ter dados de mais de 150 mil brasileiros.
Ou seja, muitos estão em busca de ganhar uma “renda básica universal” ao procurar um orb para leitura de sua íris. A empresa, por outro lado, afirma que não guarda informações pessoais dos usuários e que estes não devem temer pela sua privacidade.
Top Influencer do LinkedIn diz que ceder dados pessoais para World ou apostar em bets é a mesma coisa
Viralizou no TikTok uma nova trend na internet, que consiste em vender as informações da íris para a World. De acordo com uma cobertura recente realizada pelo G1, muitos brasileiros estão correndo para as filas, em busca de recompensas que variam entre R$ 600,00 e R$ 700,00.
Principalmente em São Paulo, a trend viralizou entre os usuários do TikTok em busca de uma grande fácil. Além disso, muitos esperam receber mais moedas com o tempo, visto que a empresa promete uma renda básica universal futura.
De olho na inteligência artificial – Dezenas de pessoas estão formando filas, em diversos pontos de São Paulo, querendo vender a imagem da própria íris para uma empresa digital – que é a criadora do chat GPT. O valor? R$ 600, R$ 700. Pode variar um pouco, porque o pagamento é feito em criptomoeda – da própria empresa que está coletando os dados. E como toda moeda digital, ela pode valorizar ou desvalorizar. O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial. Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a empresa World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível. Saiba mais no #g1 #inteligenciaartificial #íris #chatgpt #tecnologia #tiktoknoticias
Os pagamentos ocorrem todos em criptomoeda, criada pela própria empresa, a Worldcoin. Nesta quarta-feira (15), cada Worldcoin (WLD) custa US$ 2,14 por unidade.
Mas para a Top Influencer do LinkedIn, Giselle Santos, a nova trend tem um custo alto para a população, assim como as bets.
“A Worldcoin oferece a ilusão de inclusão financeira por meio de uma tecnologia futurista; as bets, a fantasia de riqueza instantânea a partir de um pequeno investimento. Em ambos, o custo real é escondido – a perda de controle sobre dados pessoais em um caso e o risco financeiro no outro.
Essas promessas são projetadas para soar irresistíveis, especialmente em contextos de vulnerabilidade. Quem já está à margem, seja pela exclusão digital ou pela desigualdade econômica, enxerga nessas ofertas uma solução rápida para problemas complexos.”
“Exploração sistemática de vulnerabilidades humanas e socioeconômicas”, diz influencer
Preocupada com a privacidade dos brasileiros que realizam a leitura da íris ou apostam em bets, Giselle divulgou nesta quarta-feira (15) seu artigo no LinkedIn, onde tem um grande alcance.
Ao defender a regulação tanto das bets, quanto da leitura realizada pela World, a influencer diz ainda que há uma exploração sistemática das vulnerabilidades humanas e socioeconômicas. Vale lembrar que em outros países, muitos governos já tomaram providências quanto a World, mas no Brasil a empresa segue operando normalmente.
Fonte: Top Influencer do LinkedIn diz que ceder dados para World é o mesmo que apostar em bets
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