Spiderman 2 no PC! Bom uso de tecnologias, mas problemas de performance (e não abra em um HD)
Um ano e alguns meses depois, o amigo da vizinhança tá de vizinhança nova. Além dos Playstations 5 e 5 Pro, agora é a vez da infinidade de hardwares diferentes do computador ter o cabeça de teia se balançando de lá pra cá entre os prédios de Nova Iorque, com Spiderman 2 no PC.
ANÁLISE TÉCNICA SPIDER-MAN 2: enfim colocando todo o Playstation 5 pra trabalhar!
Mas como chegou o game nos computadores? O port mais uma vez ficou na mão da Nixxes, que tem pontos altos, e pontos baixos. Vamos trazer nossas impressões completas de como Spiderman está rodando em múltiplos hardwares, o quanto o jogo explora as capacidades adicionais dos computadores e também se o jogo tá rodando bem.
Link de compra de Spiderman 2 na Steam
Link de compra do Spiderman 2 na Epic
Tecnologias do PC bem exploradas
A Nixxes já havia feito um bom trabalho em explorar as especificidades dos computadores nos games anteriores do cabeça de teia, e Spiderman 2 no PC não é diferente. Aqui temos praticamente todas as caixinhas preenchidas. Os diversos formatos de tela, saindo do tradicional 16:9 para ultrawide e até o super ultrawide são compatíveis, bem como taxas de quadro desbloqueadas estão aí para aqueles com telas de alta taxa de atualização e hardwares parrudos.
Gameplay em ultrawide. Fonte: gameplay do Adrenaline.
As tecnologias específicas estão bem cobertas, o que inclui upscaling via DLSS, FSR e XeSS, bem como o gerador de quadros tanto do FSR 3.1 quanto do DLSS. Só não trouxe o recém-lançado gerador de múltiplos frames do DLSS 4.
O Ray tracing foi turbinado com opções mais avançadas que a do Playstation 5, para os donos de bazukas como GPU possam disparar muito mais raios de luz e fazer não apenas reflexos de alta resolução, mas também deixar essa tecnologia entregar mais qualidade gráfica em sombras e oclusão de ambiente.
Inclusive o game já trás suporte ao Ray Reconstruction da Nvidia, com suporte também a tecnologia Transformer para fazer os efeitos aprimorados de RT e também o upscaling das cenas.
Performance em Spiderman 2 no PC
O desempenho foi um ponto fraco de lançamentos anteriores. O mapa amplo, grande quantidade de NPCs e jogar uma camada de Ray Tracing sobre tudo isso pesa na performance.
O maior problema não é a taxa de quadros em si, e até em uma GeForce RTX 3060 conseguimos jogar em Full HD, com DLSS em qualidade, RT no muito alto e pre-set gráfico no muito alto, e ter mais de 30fps. Bastou desligar o Ray Tracing para bater os 60fps.
Progressão de performance nos pre-sets em 1080p. Fonte: gameplay do Adrenaline.
Mas o game apresenta uma boa quantidade de stutterings independente da configuração do PC, algo piorado quanto mais acima dos 60fps você estiver jogando. Dá pra amenizar fazendo um ajuste gráfico com folga (que rodaria a uns 70 ou 80fps) e travar o gameplay a 60fps, mas não resolve 100% esses engasgos. Geradores de quadro também dão uma amenizada mas, novamente, não solucionam totalmente essas engasgadinhas aqui ou ali.
Outra coisa para ficar de olho é na VRAM. Se você tem uma placa com 8GB, melhor desistir do Ray Tracing. A RTX 4060 performou pior em nosso teste que a RTX 3060, e o principal culpado foi o “estouro” da memória. Para essas placas mais básicas, onde não somos tão ambiciosos com RT, vá lá. Mas testamos também uma RTX 3070 Ti, que teria condições de fazer uns raios de luz, e ela também teve seu sonho RT cortado por falta de memória.
Radeons de entrada vão mal
A performance nas Radeon de entrada me decepcionou. Testamos jogar em 1080p, qualidade alta e FSR no modo qualidade, tanto na RX 6600 quanto RX 7600, e ambas entregaram uma taxa de quadros decepcionante. Já nem havíamos habilitado o RT por saber da deficiência das Radeon com essa tecnologia, mas nem desligar esse recurso fez elas entregarem um gameplay estável e com boas taxas de quadro. A partir da RX 6700 XT, porém, o jogo já flui bem em 1440p com FSR qualidade e pre-set alto (mas sem RT).
O curioso é que se descemos ainda mais na performance dos hardwares do lado vermelho da força, aí temos uma surpresa positiva. O ASUS ROG Ally conseguiu rodar o game em 1080p, qualidade média, com FSR no modo dinâmico para 30 fps, ou seja, baixa a resolução de forma automática tentando manter 30 quadros por segundo.
O resultado foi bem positivo, com uma taxa de quadros relativamente estável e uma qualidade gráfica suficiente para jogar bem. Apesar do FSR reduzir um pouco a resolução, a experiência final na tela de 7 polegadas não é ruim.
Updates futuros em Spiderman 2 no PC (espero)
Com alguns problemas para resolver, e muito potencial do jogo ficar mais estável e otimizado nos PCs, vamos torcer que a Nixxes atue por um bom tempo trazendo melhorais ao jogo, como fez em Marvel’s Spiderman e também Marvel’s Spiderman: Miles Morales.
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A empresa já lançou mais de um update em menos de uma semana, com um logo no lançamento e outro mais recentemente. Mas ainda está faltando muita coisa para considerar que o jogo está redondinho. Vai ser difícil tornar o game leve, como acontece em jogos com mapas amplos e cheios de NPCs, mas ainda dá pra entregar uma experiência mais estável. Veremos como futuros updates vão se sair.