Se humanos pudessem voar, como seriam nossas asas?
Na mitologia grega, Ícaro conseguiu fugir do labirinto do Minotauro graças a um par de asas criado por seu pai, Dédalo, um habilidoso construtor. O jovem, porém, morreu pouco depois, quando, ao desobedecer o pai, voou alto demais, próximo ao Sol, e a cera que segurava as penas derreteu.
As pessoas se dividem sobre o significado desse conto. Alguns afirmam que ele fala sobre ambição — e como ela pode te derrubar. Outros argumentam que é uma história que serve para as crianças obedecerem os mais velhos. Há também os que sustentam que a história diz respeito ao excesso de confiança.
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Para mim, o mito de Ícaro serve apenas como introdução para o conceito de homem com asas. É claro que estamos no campo do imaginário, da fantasia e da especulação. Mas isso não anula o fato deste assunto ser extremamente interessante.
Voar faz parte dos sonhos da humanidade. A ponto de termos inventado o avião — e outros veículos que voam. A literatura e o cinema também estão repletos de “homens pássaros”. Até mesmo a religião colocou asas em seus anjos.
Agora, cientificamente falando, se isso fosse possível, como seriam as nossas asas? O site gringo Live Science se debruçou sobre esse tema e a resposta vai te surpreender.
As asas possíveis para um ser humano
Esqueça aquelas lindas asas plumadas dos anjos.
De acordo com Michael Habib, pesquisador do Museu de História Natural de Los Angeles, as únicas asas que fariam sentido para a gente seriam asas de morcego!
Isso por causa da nossa estrutura física e anatomia.
Para que tivéssemos asas plumadas, nossas escápulas deveriam ser diferentes e precisaríamos de um músculo único de voo que iria do peito até as costas.
Já no caso do morcego, as asas se misturam às mãos e aos braços, o que caberia melhor na nossa situação.
E, se isso fosse possível, só conseguiriam voar os humanos extremamente musculosos.
Teríamos, segundo Habib, peitos proeminentes e costas rasgadas.
Algo como um “vampiro boladão”.
Bem distante daquela figura angelical que você deve ter imaginado…
E qual seria o tamanho dessas asas?
A resposta do Live Science veio de um artigo de 2007 publicado no Journal of Avian Biology.
Nele, o professor ciências biológicas da Universidade de Manchester Robert Nudds descreve a escala dos parâmetros das asas dos pássaros em relação à massa corporal. E as asas sempre devem ser maiores do que o restante do corpo.
Nesse caso, se pensarmos em um homem ou uma mulher baixos, de mais ou menos 1,50 de altura, a envergadura das asas deveria ser de 6 metros de extensão!
E, como somos pesados em relação às aves, não sairíamos por aí batendo as asas e voando. Seríamos capazes apenas de planar — algo como saltar de um prédio ou uma montanha e flutuar até o destino.
Resumindo? Teríamos asas feias, corpos deformados e voos limitados. A natureza já cuidou disso e agora a ciência confirma: é melhor a gente não ter asas mesmo.
As informações são do Live Science.
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