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[Review] The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é uma nova visão brilhante para a franquia

Finalmente, a lenda pertence à Zelda e sua história é incrível

Quase quarenta anos depois e, finalmente, os jogadores receberam um The Legend of Zelda onde o protagonismo é, de fato, da princesa que nomeia a saga icônica da Nintendo. The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom foi lançado para Switch em 26 de Setembro, seguindo com o mesmo visual chibi do remake de Link’s Awakening enquanto aplica, de maneira mais branda, novidades de gameplay introduzidas em Breath of The Wild e Tears of the Kingdom.

A Nintendo enviou uma cópia do game para a Legião testar e decidir se a primeira aventura solo da princesa Zelda é digna da paciência de décadas dos fãs. Felizmente, a resposta é um glorioso sim, com pouquíssimas ressalvas.


Ficha Técnica
 

Título: The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom

 

Data de lançamento: 26 de setembro de 2024

 

Desenvolvedora: Grezzo

 

Plataforma: Nintendo Switch

 

Modo: Single player

 

Gêneros: Plataforma, Puzzle, Aventura

 

Tradução PT/BR: Sim, textos e legendas
Uma aventura digna de realeza

Por quanto tempo você achou que o nome do elfo de roupas verdes, protagonista dos jogos, era Zelda? Você ficou confuso quando descobriu que ele se chama Link e Zelda é a princesa? Uma experiência universal para qualquer gamer de longa data, é surpreendente pensar quanto tempo demorou até a Zelda, de fato, assumir o papel de heroína, mesmo depois de receber uma roupagem mais sóbria e “guerreira” pós Breath of the Wild. Assim, para qualquer um que conheça a franquia, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom chama a atenção logo de cara por sua proposta: enfim, uma missão liderada pela princesa de Hyrule.

O estúdio Grezzo, responsável pelo ótimo remake de Link’s Awakening, foi o escolhido para o projeto, apostando no mesmo visual do game anterior: chibi, colorido, brilhante, evocando os primórdios da franquia no NES; e ainda que a escolha mais óbvia para um game da Zelda fosse na veia de sua versão mais recente, em BOTW e TOTK, essa faz mais sentido para a proposta e demonstra um carinho extra do estúdio pela personagem, quando Echoes of Wisdom funciona, basicamente, como um “e se?” para a saga, imaginando uma história que faz vários paralelos à primeira aventura do Link, mas inverte os papéis entre herói e vítima.

Uma das partes mais divertidas do jogo é quando ele conversa diretamente com os primeiros títulos da franquia, fazendo Zelda, a heroína, descobrir a fama e feitos do Link ao longo da jornada, sem ter tido muito contato com o rapaz antes dele ser engolido pela fenda. Enquanto, nos outros games, Link ouve sobre a grande, poderosa e bondosa princesa em suas aventuras, Zelda passa pelo mesmo em Echoes of Wisdom, entendendo que sua missão não é apenas a de resgatar alguém que a ajudou escapar das mãos do Ganon, mas um herói das terras de Hyrule e além.

A narrativa do game é ótima, engaja com nostalgia e novidade e consegue explorar o quão parecidos Zelda e Link são, em sua atitude, espírito heroico e disposição, enquanto destaca diferenças fundamentais entre a dupla, que faz da jornada algo único. Ainda que Zelda seja destemida, ela é mais estratégica, mais diplomática e conhece fatos sobre o reino que o Link só adquiriu com muita experiência e aventuras. Sem contar que a arma principal da princesa é magia e invocação, algo novo e muito interessante para a série.

Bom, as armas de Zelda são essas, mas não vem necessariamente dela. No fim, tudo se liga à Triforce e o curioso Tri, o companheiro misterioso da princesa, é quem fornece esse poder. As habilidades de “cópia” da heroína são sensacionais e as possibilidades são inúmeras na exploração de Hyrule, combate e puzzles. É possível notar aqui a Nintendo usando as mecânicas revolucionárias de Tears of the Kingdom de uma maneira mais diluída, simplificada, mas eficiente e inteligente, mostrando que ainda vimos muito pouco do impacto real desse game na indústria.

A magia do Tri de cópia é um dos carros-chefes do game e com poucas horas você já possui uma lista imensa de criações para usar. Como você avança no game vai da sua criatividade e vontade de explorar para adquirir novos ecos, um incentivo potente e que se retroalimenta, fazendo o player investir ao máximo em sua jornada por Hyrule. Pode parecer estranho fazer uma ponte de camas ou uma torre de trampolins, mas isso se torna muito natural, muito rápido, durante o gameplay.

Ainda, a princesa Zelda é também uma princesa guerreira. Ao longo da história, a heroína aprende a usar, como um especial, a espada, escudo e arco do Link (com um ótimo efeito visual, diga-se de passagem). Nesses momentos, a batalha segue muito parecida com Link’s Awakening, mas a adição das invocações deixa a situação com um gostinho novo e mais frenético.

Vale dizer que o Tri também emprega alguns elementos de Breath of the Wild no gameplay. Além do cajado mágico e da forma guerreira, você pode lançar a entidade para mover e controlar objetos grandes pelo cenário, com a possibilidade, inclusive, de copiar sua posição e movimento, um aspecto muito divertido do game.

Por fim, Echoes of Wisdom, fazendo jus a franquia, traz visuais e trilha sonora absolutamente sensacionais. Ainda que algumas pessoas preferissem um remake de Link’s Awakening em uma pegada mais séria, como foi Breath of the Wild, a ideia de reviver o sentimento dos primeiros jogos com algo mais lúdico e vibrante funcionou naquele projeto e, novamente, neste. Essa estética foi a escolha perfeita para refletir o início da franquia em uma nova geração, indicando (como esperamos) que essa pode ser a primeira de muitas lendas com Zelda como protagonista.

Por outro lado, a Nintendo ainda peca com frames baixos e imagens pixeladas. É uma tecla que qualquer crítico, gamer ou jogador casual já bateu, mas o problema se repete em praticamente todos os jogos da empresa. Não é uma questão de gráficos ou direção artística, mas qualidade técnica que, infelizmente, os últimos lançamentos não estão atendendo.

Para não terminar o texto em um tom amargo, não há dúvidas de que The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é mais um título incrível no catálogo da Nintendo e na franquia Zelda. A primeira aventura solo da princesa é tudo o que os fãs poderiam esperar e mais, servindo como a abertura de uma nova era de possibilidades, mas também uma grande homenagem aos games mais clássicos da saga.

Ainda, a Nintendo mostrou neste projeto um pouquinho do que pode fazer com as ferramentas instituídas nos Zeldas anteriores. Com uma pitada desse potencial, o gameplay de Echoes of Wisdom se tornou um dos mais divertidos de 2024, garantindo que a jornada da Zelda pelas fendas seja uma para ficar na memória.

Assim, para a Legião dos Heróis, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom recebe nota 9,5. Um game que te enche de nostalgia, impressiona e vale cada segundo da sua atenção.

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Fonte: [Review] The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é uma nova visão brilhante para a franquia“>Legião dos Heróis.

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