Remédio para TDAH pode combater dependência de metanfetamina
Um novo estudo aponta que um medicamento para o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) apresentou resultados positivos e surpreendentes no combate da dependência de metanfetamina. O remédio em questão é a lisdexanfetamina, que age como um estimulante do sistema nervoso central.
Vendido como Vyvanse ou Elvanse, ele faz parte da classe de drogas chamadas psicoestimulantes que funciona melhorando a maneira como as partes do cérebro se comunicam umas com as outras. A descoberta pode ajudar na criação de novos formas de tratamento de usuários da droga.
Não existe tratamento específico contra a dependência da droga
De acordo com o Relatório Mundial de Drogas Online 2023 da Organização das Nações Unidas (ONU), o uso de estimulantes do tipo anfetamina, que inclui a metanfetamina, aumentou na maioria dos países na última década.
Isso também causou um crescimento expressivo do número de mortes relacionadas ao uso da droga.
Embora existam fármacos usados para tratar a dependência, não há um tratamento específico para estes pacientes.
No entanto, isso pode mudar a partir de um novo estudo publicado na revista Addiction.
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Medicamento apresentou resultados promissores
Para testar a segurança e a eficácia da lisdexanfetamina como tratamento para reduzir o uso de metanfetamina, os pesquisadores recrutaram 164 adultos com dependência da droga. Metade dos participantes recebeu o medicamento diariamente por 15 semanas e o restante fez uso de um placebo idêntico.
Eles foram acompanhados por quatro semanas após o tratamento. No geral, a equipe identificou que os pacientes que receberam o remédio apresentou uma redução na dependência da droga. Foram 8,8 dias a menos de uso de metanfetamina em média em relação ao grupo que recebeu placebo.
Os eventos adversos identificados foram considerados leves ou moderados. A náusea foi o único efeito colateral que ocorreu com mais frequência. Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores explicam que são necessários mais estudos para entender se o remédio pode ser ministrado regularmente para combater a dependência da droga.
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