Raspberry Pi 5 é overclockado para 3.6 GHz com nitrogênio líquido
O canal de YouTube ScatterBencher, do especialista em overclocking Pieter-Jan Plaisier, voltou a focar no humilde Raspberry Pi. Em um vídeo recente, ele preparou um Raspberry Pi 5 com uma variedade de ferramentas de hardware e software avançadas para tentar levar o computador a 4 GHz ou mais.
Infelizmente, ScatterBencher não conseguiu alcançar seu objetivo, atingindo a marca de 3,6 GHz, que já havia sido atingido em um dispositivo padrão com resfriamento a ar.
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Créditos: ScatterBencher
O novo teste
Anteriormente, os esforços de overclocking de ScatterBencher no Raspberry Pi 5 haviam parado em 3,0 GHz com resfriamento a ar. Após uma consulta com o Les Pounder, apresentador e editor do Tom’s Hardware, ele foi até o guia de Jeff Geerling sobre o patch NUMA (Non-Uniform Memory Access) Emulation.
Apenas com o software mais recente Raspberry Pi OS e o patch NUMA, ScatterBencher viu resultados muito melhores do que havia conseguido anteriormente. No início do vídeo, ele mostra que foi fácil ultrapassar 3,0 GHz.
Satisfeito com a parte de software, ScatterBencher esperava naturalmente alguns avanços adicionais no overclocking. O primeiro passo foi rodar o Raspberry Pi com resfriamento a nitrogênio líquido (LN2).
Devido à topografia dos componentes na placa do Pi, alguns potes de LN2 que ScatterBencher conhecia não eram adequados. No entanto, foi encontrado um pote fino e alto que se ajustou bem à máquia. No teste com o resfriamento a LN2, a máquina alcançou 3,2 GHz no LN2 e conseguiu rodar o Geekbench sem problemas.
O especialista em overclocking aumentou gradualmente os clocks, mas encontrou uma barreira em 3,6 GHz, após a qual o computador travava, não importando o que ele fizesse. Mesmo ajustando o resfriamento do LN2 para cerca de -90º graus Celsius ele não obteve melhores resultados.
Testes adicionais
Voltando a atenção para a entrega de energia, o especialista usou o cartão de energia Elmor Ample-X1. Ele removeu alguns indutores, adicionou fios de energia mais espessos e depois verificou se tudo ainda estava funcionando. Com o Ample-X1 conectado e uma entrega de até 1,55V, nenhum escalonamento foi alcançado.
O especialista, então, considerou se havia um problema de bloqueio de Phase-Locked Loop (PLL) ou se havia outros componentes que estavam sendo inadvertidamente overclockados, mas atingindo limites.
Explorando o último caminho, o cristal padrão do Raspberry Pi 5, que funciona a uma frequência fixa de 54 MHz, foi removido e substituído por uma Elmor Labs ECB. Porém, mesmo com os ajustes do oscilador disponíveis, o resultado foi de 3,4 GHz para benchmarking, e 3,6 GHz para rodar o sistema operacional sem carga significativa.
Com todos os testes, ScatterBencher descobriu que 4 GHz é uma frequência muito alta para o Raspberry Pi 5. Mesmo com as melhores ferramentas à sua disposição, o limite foi de 3,6 GHz, o mesmo que ele viu com resfriamento ambiente.
Créditos: SkatterBencher.