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Rapidus: empresa japonesa quer rivalizar com TSMC em processos de chips 2 nm

A Rapidus, empresa japonesa emergente no setor de semicondutores, deu um passo significativo ao anunciar a produção experimental de chips de 2nm para 2025, com produção comercial prevista para 2027.

A iniciativa coloca a companhia em rota de colisão com a líder global TSMC, que já consolidou sua posição como fornecedora preferida de gigantes como NVIDIA, Apple e AMD.

A instalação de equipamentos EUV (litografia ultravioleta extrema) da ASML no Japão marca um momento único para o país no cenário de alta tecnologia.

Produção experimental de 2nm

Conforme destacado pelo Nikkei Asia, a Rapidus será uma das poucas empresas no mundo a operar com os avançados equipamentos de litografia da ASML até o final de dezembro de 2024.

Os aparelhos são indispensáveis para a fabricação de chips em escalas nanométricas, como o processo de 2nm. A instalação e operação desses equipamentos mostram que o interesse japonês é bem sério no retorno ao protagonismo na indústria de semicondutores.

A TSMC, por sua vez, já mostrou avanços notáveis, reduzindo os custos de produção de seus chips de 2nm em 6%. Tal diferencial tem sido repassado aos clientes, reforçando sua competitividade.

Além disso, a fabricante taiwanesa mantém seu planejamento para introduzir nós de 1.6nm em 2026, solidificando sua liderança tecnológica.

Possível parceria com NVIDIA

Um aspecto interessante da entrada da Rapidus no mercado é a possibilidade de parceria com a NVIDIA. Segundo informações do Ctee, a empresa norte-americana, que tradicionalmente depende da TSMC, busca diversificar sua cadeia de fornecedores.

A adoção de chips de 2nm da Rapidus pode ser um movimento estratégico, considerando os altos índices de desempenho e rendimento relatados pela fabricante japonesa.

Em paralelo, a TSMC já estaria negociando com a NVIDIA a fabricação de GPUs baseadas na arquitetura Blackwell em sua nova planta no Arizona.

Portanto, a busca por múltiplas opções de fornecedores é a consequência lógica do esforço da NVIDIA em mitigar riscos na sua cadeia de suprimentos para atender à crescente demanda por chips avançados.

Adesão do mercado é otimista

Além da NVIDIA, empresas como IBM já demonstraram interesse em explorar os nós de 2nm da Rapidus, ampliando as perspectivas de mercado para a fabricante japonesa. Ainda que a produção comercial só esteja prevista para 2027, as movimentações iniciais indicam que a Rapidus tem potencial para competir com gigantes como TSMC e Samsung.

O avanço da empresa nipônica, portanto, denota com otimismo a crescente demanda por semicondutores de ponta, impulsionada pela evolução da inteligência artificial e outras tecnologias que exigem escala de processamento.

Segundo a ASML, o mercado global de semicondutores pode atingir US$ 1 trilhão até 2030, um cenário que promete oportunidades significativas para novos players no setor.

Fonte: Nikkei Asia

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