Quando tomar reforço vacinal da Covid-19? Ciência revela momento ideal
O modo como a população recebe a vacina de reforço da Covid-19 atualmente pode não ser o mais eficaz. Um novo estudo aponta que o melhor momento para as pessoas receberem o imunizante varia conforme o local onde vivem e seu histórico de infecção. Além disso, a dose deve coincidir com períodos de maior transmissão.
A descoberta da Escola de Saúde Pública de Yale (YSPH) e da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC) pode transformar a política de saúde pública e as escolhas individuais de vacinação.
Qual é o momento certo para tomar a dose de reforço da vacina?
Segundo o novo estudo, o melhor momento para receber o reforço vacinal da Covid-19 depende de dois fatores-chave: localização e histórico de saúde.
Embora isso varie muito conforme a região, geralmente, o reforço ideal deve ocorrer no início do outono do Hemisfério Norte.
Aplicar a vacina entre setembro e outubro pode proporcionar até três a quatro vezes mais proteção, comparado com as doses administradas no final do ano.
Por exemplo, para quem vive em Nova York, receber o reforço em 15 de setembro oferece mais proteção. Já adiar a dose para janeiro reduz a eficácia em 3,6 vezes.
Se, por acaso, uma pessoa vacinada contrair Covid-19 antes de receber o reforço, adiar a dose por vários meses pode melhorar sua imunidade.
De modo geral, a melhor data para receber o reforço deve ocorrer 2,7 meses antes do período de pico de transmissão da Covid-19.
Administrar o reforço nesses momentos de maior circulação do vírus pode oferecer uma proteção até quatro vezes maior.
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Estudo apoia mudanças nas políticas vacinais de reforço contra a Covid-19
Os pesquisadores acreditam que as novas evidências científicas podem servir de base para a criação de um esquema vacinal que garanta mais proteção contra a Covid-19. Além disso, a mudança ajudaria a reduzir a transmissão e aliviar os sistemas de saúde. Para grupos de alto risco, como os idosos, receber o reforço no momento certo pode evitar doenças graves.
O Dr. Alex Dornburg, professor assistente de bioinformática e genômica na UNCC e autor sênior do estudo, ressalta em entrevista ao Medical Xpress:
Considerar quando reforçar e como essa decisão muda o risco de infecção futura à luz do seu próprio histórico de infecção é diferente de qualquer abordagem de vacinação que já tivemos antes. Expandir essa abordagem para outras doenças circulantes alvo de vacina pode ter um impacto dramático e positivo em nossa capacidade de mitigar a transmissão.
Dr. Alex Dornburg
O estudo foi publicado no periódico Clinical Infectious Diseases.
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