Por que acordamos de susto no meio da noite?
Todo mundo já passou por isso: o sono está gostoso, tudo parece tranquilo, mas de repente, bum, acordamos com susto no meio da noite. O relógio marca cerca de 3 da manhã, e junto com o despertar, vem aquela sensação de ansiedade difícil de explicar. Por que isso acontece?
Embora seja uma experiência comum, entender as razões por trás desses episódios pode ajudar a lidar melhor com eles e a garantir um sono mais tranquilo. Afinal, nosso corpo e mente estão interligados, e pequenos desequilíbrios podem afetar profundamente nossa capacidade de descansar.
Por que acordamos de susto no meio da noite?
Acordar às 3 da manhã com ansiedade pode ser explicado por diversos fatores psicológicos e fisiológicos. Compreender as causas desse fenômeno pode ajudar a adotar estratégias para melhorar a qualidade do sono e reduzir os sintomas de ansiedade que surgem durante a madrugada.
Uma das principais razões para esses despertares está relacionada ao cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Ele é produzido pelas glândulas suprarrenais e desempenha um papel crucial no ciclo do sono e no estado de alerta.
Normalmente, os níveis de cortisol são mais baixos durante a noite, aumentando gradualmente nas primeiras horas da manhã para ajudar no despertar. No entanto, altos níveis de estresse podem causar picos de cortisol mais cedo, por volta das 3 da manhã, o que pode interromper o sono e gerar ansiedade.
O estresse acumulado ao longo do dia também é um fator significativo. Pessoas que convivem com estresse crônico ou transtorno de ansiedade generalizada podem levar essas preocupações para a cama, dificultando o relaxamento. Essa tensão constante pode desencadear picos de cortisol durante a noite, causando despertares abruptos acompanhados de uma sensação de inquietação.
Além disso, esses picos hormonais podem intensificar a necessidade de urinar, contribuindo para novas interrupções no sono. Outro ponto importante a considerar são as condições de saúde mental coexistentes que podem impactar diretamente o padrão de sono.
Transtornos como TDAH, transtorno bipolar, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), entre outros, estão frequentemente associados a interrupções no sono e episódios de ansiedade noturna.
Como parar de acordar assustado durante a noite
A boa notícia é que existem estratégias eficazes para lidar com esse problema e melhorar a qualidade do sono. Um dos passos mais importantes é adotar uma boa higiene do sono. Isso inclui estabelecer horários regulares para dormir e acordar, criar um ambiente tranquilo e confortável no quarto e evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir, pois a luz azul emitida por essas telas pode interferir na produção de melatonina, um hormônio essencial para o sono.
Portanto, técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e ioga, também podem ser extremamente úteis. Elas ajudam a acalmar a mente e o corpo, reduzindo o impacto do estresse e promovendo um estado mais propício ao sono.
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Outro aspecto importante é o gerenciamento do estresse ao longo do dia. Pois identificar as fontes de tensão e trabalhar em estratégias para reduzi-las pode fazer uma grande diferença. Isso pode incluir buscar suporte de um terapeuta, praticar exercícios físicos regulares ou dedicar tempo a hobbies que tragam prazer e relaxamento.
Além disso, limitar o consumo de estimulantes, como cafeína, especialmente no final do dia, é fundamental para evitar dificuldades em adormecer ou manter o sono contínuo.
Contudo, se essas estratégias não forem suficientes e os despertares persistirem, é recomendável procurar ajuda profissional. Um especialista em saúde mental pode ajudar a identificar as causas subjacentes da ansiedade noturna e sugerir tratamentos específicos, como a terapia cognitivo-comportamental, que tem mostrado eficácia no tratamento da insônia e da ansiedade. Em alguns casos, a medicação também pode ser uma opção, mas deve ser considerada apenas sob orientação médica.
Com informações de Kindbridge Behavioral Health.
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