Plano Brasileiro de IA prevê recorte de diversidade, diz ministra Luciana Santos
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou no Web Summit 2025 que o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial vai incluir recortes de gênero e diversidade. O programa anunciado no ano passado pretende garantir uma independência maior do Brasil em relação à inovação em tecnologia e tem previsão de investimento de R$ 23 bilhões até 2028.
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O evento, que acontece na capital fluminense nesta segunda (28) até quarta-feira (30), trouxe a presença da ministra na cerimônia de entrega de troféus de melhores Mulheres Inovadoras, que estimula o desenvolvimento de startups com lideranças femininas.
Em entrevista ao Canaltech, a ministra explicou que a capacitação é um dos eixos do plano e que o objetivo é oferecer oportunidade de forma escalonada. A falta de conhecimento mais aprofundado e acompanhado das mudanças nas áreas de tecnologia são alguns dos principais desafios na inclusão de mais mulheres e pessoas negras no mercado de trabalho de tecnologia.
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“O plano prevê cortes de gênero e de diversidade e um dos eixos é a capacitação. Nós temos já 11 centros de competência voltados para a inteligência artificia, fora um sistema nacional de ciência e tecnologia que tem os curtos seja técnicos, no caso dos estudos federais, ou graduação, no caso das universidades. E outro, que é muito importante na capacitação que é o recurso da Lei de Informática”, afirmou.
O plano vai abarcar cinco vertentes principais: infraestrutura, desenvolvimento de IA, melhoria dos serviços públicos, inovação empresarial e regulação e governança. Em relação ao alcance do programa, Luciana Santos afirmou os programas já abordam uma porcentagem que abrange regiões do país que não possuem grandes polos de tecnologia, como no Norte e no Centro-Oeste.
“O enfrentamento da desigualdade regional é um dos grandes desafios da nossa política pública de tecnologia. Em muitos programas, a gente coloca um teto mínimo de participação [para as regiões]”, indicou.
Mulheres Inovadoras terá nova edição para 50 startups
Durante o evento, foi anunciada a 6ª edição do programa de aceleração de startups Mulheres Inovadoras, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O anúncio foi feito após a entrega dos prêmios para cinco mulheres empreendedoras de cada região do país que participaram da quinta edição do programa.

Desta vez, a edição vai privilegiar mulheres pretas, pardas e indígenas e vai selecionar 50 startups, sendo 10 para cada região do Brasil. A premiação chegará ao valor de R$ 3 milhões, destinada tanto para lideranças quanto para as empresas.
Como primeira mulher a assumir a pasta, a ministra Luciana Santos falou da importância da inclusão de mais mulheres em tecnologia e inovação. “Ampliar a participação feminina na área científica, não é apenas uma questão de justiça social, mas uma questão de excelência”, destacou.
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