Phantom Blade Zero se inspira na era do PS1 e PS2 para criar experiência focada e coesa
A S-Game, desenvolvedora chinesa responsável por Phantom Blade Zero, quer resgatar a abordagem dos jogos da era do PlayStation 1 e PlayStation 2, quando os projetos tinham escopo mais controlado e as equipes eram menores. Segundo Soulframe Liang, diretor do jogo, a intenção é criar uma experiência mais integrada e coesa, sem o peso de processos de produção massivos.
Em entrevista ao Eurogamer, Liang explicou que a proposta de Phantom Blade Zero é combinar a fluidez dos combates modernos com um escopo mais gerenciável, semelhante ao que era visto nos jogos de ação dos anos 90 e início dos anos 2000.
Resgatando a essência dos jogos clássicos
A ideia, segundo ele, é evitar a fragmentação da experiência e garantir que tudo pareça bem integrado do início ao fim.

“Queremos voltar à era da PS1 e PS2, quando os jogos não eram tão grandes, os orçamentos não eram exorbitantes, as equipes eram menores e todos os desenvolvedores tinham paixão, criatividade e experiência”, disse Liang.
Ele reforçou que a intenção não é apenas recriar um jogo retrô, mas sim trazer um equilíbrio entre a abordagem clássica e os padrões modernos.
A estrutura do jogo também reflete essa filosofia. Enquanto títulos contemporâneos costumam se apoiar em mundos abertos extensos e recheados de conteúdo secundário, Phantom Blade Zero segue uma abordagem mais focada.
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De acordo com o diretor, o jogo combina elementos de Devil May Cry e Ninja Gaiden, com um sistema de combate ágil e combos fluidos, além de um level design interconectado inspirado em Dark Souls.
Influências do cinema de kung fu
Outro ponto importante para a identidade do jogo é a forte inspiração no cinema de kung fu de Hong Kong dos anos 70, com referências diretas a Bruce Lee, Jackie Chan, Jet Li e Donnie Yen.
Segundo Liang, esse estilo cinematográfico perdeu força nos anos 2000, e a equipe quer resgatar essa tradição por meio do game.

A movimentação dos personagens foi capturada com a ajuda de artistas marciais, garantindo autenticidade nas animações. O combate de Phantom Blade Zero enfatiza transições suaves entre ataques e defesas, criando uma sensação de continuidade que remete à coreografia dos filmes clássicos.
Além disso, haverá sequências especiais inspiradas em momentos icônicos do gênero, como a famosa cena do corredor de The Raid, que serviu de base para o sistema de combate de Sifu.
Entre o indie e o blockbuster
Embora o jogo tenha um orçamento maior do que a média dos indies, Liang destaca que a S-Game quer evitar os desafios que acompanham grandes produções.
Segundo ele, Phantom Blade Zero busca um equilíbrio entre escopo e qualidade, funcionando como uma espécie de “indie em larga escala”.

“A diferença é que temos mais recursos e experiência, mas sem a burocracia de um AAA tradicional”, explicou o diretor. “Tudo é planejado para que a experiência seja bem integrada, desde o momento em que o jogador pressiona o botão Start até os créditos finais.”
Apesar da expectativa crescente, o jogo ainda não tem uma data de lançamento definida. Enquanto isso, a S-Game segue refinando os últimos detalhes para garantir que Phantom Blade Zero mantenha a promessa de resgatar a essência dos jogos de ação da era do PlayStation 1 e 2.
Fonte: Eurogamer.