Para criador do Linux, 90% do mercado de inteligência artificial é marketing
Embora acredite que a inteligência artificial tem grande potencial, Linus Torvalds, conhecido pela criação do sistema aberto Linux, não está muito entusiasmado com o estado atual da área. Segundo ele, 90% das promessas e produtos disponíveis atualmente não passam de puro marketing.
Durante a conferência Open Source Summit, Torvalds explicou acreditar que a tecnologia realmente é interessante e vai mudar o mundo. Ao mesmo tempo, ele afirma que ela está envolta em tanto hype e em promessas exageradas que se torna difícil entender qual é seu verdadeiro potencial.
“Então, minha atitude sobre a IA atualmente é basicamente ignorá-la, porque penso que toda a indústria de tecnologia ao redor dela está em uma posição ruim, e é 90% marketing e 10% realidade”, explicou o criador do Linux. Para ele, uma visão mais realista da tecnologia só vai poder ser vista daqui há aproximadamente 5 anos.
Criador do Linux explica que uso real da IA ainda é desconhecido
Torvalds explica que o intervalo de meia década vai ser necessário para que seja possível separar o que é pura promessa e propaganda daquilo que realmente vai ser modificado pela inteligência artificial. Após esse intervalo, o criador do Linux argumenta que realmente vamos ver como a tecnologia vai ser empregada no cotidiano e na redução de cargas de trabalho relevantes.
“Em vez do ChatGPT fazendo ótimas demonstrações, e obviamente ele está sendo usado, especialmente para… em muitas e muitas áreas, mas quero dizer, design gráfico, coisas assim. Mas, eu realmente odeio o ciclo de hype”, complementou o desenvolvedor, sem entrar em mais detalhes.
Os comentários de Torvalds se referem a várias startups e empresas que colocam o selo da “inteligência artificial” em produtos que, na prática, sequer usam a tecnologia. Em muitos casos, isso acontece devido ao fato de que o termo está em alta no Vale do Silício e usá-lo pode ser a diferença entre conseguir financiamento ou ser totalmente ignorado por investidores.
Fonte: WCCFTech