Ouro em recorde, Fed em alerta e criptos sob pressão: o que vem a seguir?
Os mercados globais seguem em um momento de incerteza, com o S&P 500 consolidado próximo às máximas históricas e o Índice do Dólar (DXY) avançando em direção aos 105 pontos. Esse movimento aliviaria normalmente a pressão nos mercados de renda variável, mas a recente correção nos índices impõe um cenário mais cauteloso e mantém os investidores atentos aos próximos dados macroeconômicos.
O ouro segue sua trajetória de valorização, atingindo US$2.954 por onça-troy, impulsionado pela busca por proteção diante das crescentes tensões geopolíticas e riscos inflacionários. O ativo, tradicionalmente considerado um porto seguro em períodos de incerteza, já acumula uma valorização de 10% desde dezembro, consolidando-se como uma alternativa atrativa para investidores defensivos.
Enquanto isso, o Federal Reserve mantém um tom hawkish sobre a inflação, reforçando os riscos de novas pressões inflacionárias. Como reflexo desse posicionamento, as expectativas de cortes de juros caíram para apenas 4,5%, segundo a CME, o que impacta negativamente os mercados tradicionais e de criptoativos.
Apesar do cenário de correção, a liquidez global começa a recuperar os patamares observados no início de 2024, o que pode favorecer uma estabilidade de médio prazo ao longo do primeiro semestre de 2025. No Brasil, o dólar segue testando a faixa de R$ 5,70, refletindo o cenário macroeconômico internacional e a expectativa de novos indicadores nos EUA.
A semana promete alta volatilidade com a divulgação do Índice de Confiança do Consumidor e o aguardado balanço da NVIDIA, que pode impactar o mercado de tecnologia e, consequentemente, os ativos de risco, incluindo as criptomoedas. Além disso, a atenção do mercado está voltada para a divulgação do CORE PCE na sexta-feira, o principal indicador de inflação do Federal Reserve, que pode redefinir as expectativas de política monetária para os próximos meses.
Na análise técnica, o S&P 500 segue consolidado próximo às suas máximas históricas, mantendo suporte em 5.781 pontos. Para confirmar uma nova tendência de alta, o índice precisa fechar acima do alvo de curto prazo em 6.290 pontos, abrindo espaço para novas máximas em 6.463 e 6.793 pontos até meados do segundo trimestre.
No entanto, a recente correção e a expectativa em torno da política monetária do Federal Reserve impõem um cenário de cautela, mantendo os investidores atentos aos próximos dados macroeconômicos. A semana será decisiva para o índice, com a divulgação de dados de inflação (CORE PCE) e os balanços de empresas como NVIDIA, que podem impactar a volatilidade do mercado.
Fonte: Ouro em recorde, Fed em alerta e criptos sob pressão: o que vem a seguir?
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