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Ondulações em Marte mostram que planeta já teve água líquida

O rover Curiosity, da NASA, encontrou evidências de antigos lagos em Marte livres de gelo. O explorador robótico está explorando a cratera Gale, no Planeta Vermelho, desde 2012, e descobriu ondulações parecidas com aquelas encontradas no fundo dos lagos na Terra, provavelmente criadas pelo movimento da água empurrada pelo vento. Portanto, a água só poderia estar exposta aos elementos, ao invés de coberta por gelo. 

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Marte é o quarto planeta do nosso sistema em relação ao Sol e é conhecido por sua cor avermelhada, causada pelo óxido de ferro na superfície. O rover Curiosity estuda este planeta rochoso há anos, ajudando os cientistas a entenderem se o clima e geologia do planeta podem ter permitido a ocorrência de vida no passado. 

Para isso, o Curiosity conta com instrumentos para perfurar e coletar amostras do solo, além de câmeras e instrumentos para a análise de amostras atmosféricas. Enquanto explorava a cratera em 2022, o rover encontrou uma região com dois diferentes conjuntos de ondulações.


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Ondulações em Marte encontradas pelo rover Curiosity (Imagem: Mondro et al. Science Advances, Jan 2025)

Um deles foi chamado de Prow e foi encontrado em uma área que já foi marcada por dunas esculpidas por ventos. O outro fica perto de Amapari Marker Band, uma região repleta de rochas. Como ambas pertencem a diferentes épocas, a atmosfera marciana densa e quente deve ter ocorrido várias vezes, ou talvez durado longos períodos. 

Elas parecem ter sido formadas há 3,7 bilhões de anos (ou seja, quando Marte tinha atmosfera e clima bem mais quentes do que tem hoje) e representam as mais fortes evidências de que Marte já abrigou massas de água líquida. Além disso, a atmosfera poderia ser tão densa naquela época que permitiu a ocorrência de água em estado líquido.

A equipe usou modelos computacionais para analisar as ondulações e descobrir o tamanho dos seus lagos: eles suspeitam que uma onda com 6 mm de altura e separação de até 5 cm veio de um lago raso, com menos de 2 metros de profundidade. A descoberta é de grande importância para os cientistas entenderem melhor as condições do planeta no passado, e mais estudos são necessários para mostrar se tais ondulações realmente são comuns. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Science Advances.

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