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O que mudou em 17 anos de iPhone? Parte 2: câmeras

Homem segurando um iPhone 16 Pro Max

Continuando com os nossos artigos especiais contemplando a história do iPhone, após passarmos pelo design e pela tela dos aparelhos, chegou a hora de falarmos de um dos grandes pilares dos smartphones: as câmeras.

Sem mais delongas — afinal, o artigo precisou ser dividido em vários por conta do tamanho —, vamos ao que interessa! Obviamente, sugiro a leitura do primeiro artigo antes de continuar aqui (caso você não tenha lido), para que tudo faça mais sentido.

Câmeras

Esse é, sem dúvida, um recurso que passou a ser cada vez mais utilizado nos iPhones — certamente consequência das melhorias em matéria de qualidade. E coloquei no plural pois, desde o modelo 7 Plus, temos mais de uma — sem levar em conta a frontal, é claro.

Assim como ocorreu com o display, os sensores foram paulatinamente aumentando de tamanho e qualidade, acompanhando as demandas dos usuários e do mercado — hoje, como sabemos, muita gente tem uma câmera de bolso que também é um celular, e não o contrário.

O modelo original do iPhone trazia apenas uma singela câmera de 2 megapixels, sem flash, que sequer tinha a capacidade de filmar. Ele, vale notar, também não tinha câmera frontal.

Esse mesmo aparato foi replicado no iPhone 3G, apenas recebendo algum aprimoramento no terceiro modelo do aparelho, o 3GS, que ganhou um sensor de poderosos 3MP, além da capacidade de gravar vídeos com resolução de até 480p — embora ainda sem flash.

Já com o iPhone 4, tivemos duas “grandes inovações” (ao menos, para a época): um flash de LED 1 e, veja você, uma câmera frontal! Ainda que, nos dias de hoje, isso pareça basilar para qualquer smartphone de qualquer faixa de preço, apenas chegou aos iPhones em 2011, com esse modelo.

A resolução do sensor traseiro subiu para 5MP, com abertura ƒ/2.8, podendo gravar em HD (720p); enquanto a câmera frontal — cujo argumento principal era o FaceTime, numa época em que as selfies ainda não eram tão populares — tinha resolução VGA, mantida no iPhone 4s. A câmera traseira dele, porém, chegou a 8MP, gravando a 1080p e com abertura ƒ/2.4.

Esse sensor traseiro foi praticamente mantido no iPhone 5 e no 5c, com a diferença da distância focal, de 33mm — contra 35mm da câmera do 4s —, mas mantendo o tamanho do pixel em 1,4µm. A resolução frontal, porém, foi para 1,2MP. Já no 5s, tivemos um pequeno upgrade, com uma abertura ƒ/2.2, pixel de 1,5µm e distância focal de 29mm, além da estreia do flash duplo. Outra novidade foram os vídeos em câmera lenta, em até 120 quadros por segundo. O sensor frontal usado no 5s, porém, era o mesmo do do 5.

Com o iPhone 6, a resolução e as demais especificações continuaram mais ou menos iguais às do modelo anterior, embora tenham havido alguns incrementos em matéria de recursos de software. A gravação em câmera lenta também passou a contar com a opção de captura em 240 quadros por segundo. Além disso, o modelo Plus passou a contar com estabilização óptica de imagem, recurso de início restrito ao aparelho maior.

O modelo lançado em 2014, contudo, inaugurou uma tendência que só se expandiria nos modelos seguintes de smartphones da Apple: o módulo da câmera saltado. Na época, esse pequeno sobressalto gerou muitos minutos e parágrafos de reclamações; imagina se soubessem o que viria pela frente…

Foi também, com o modelo de 2014, que foi implementada a tecnologia Focus Pixel, a qual tem como objetivo o aprimoramento do foco automático, tornando-o mais rápido. Com essa inovação, o sensor da câmera recebe mais informações, mascarando parte dos pixels para comparar a outros pixels a luz que entra em cada um. Vale notar que esse aspecto vem sendo constantemente melhorado, indo de 1 pixel para cada 64 subpixels “cobertos” no iPhone 6 para, por exemplo, apenas 16 no iPhone Xs.

O iPhone 6s, por sua vez, foi o primeiro desde o modelo 4s a ganhar um aumento da resolução do sensor da câmera, passando de 8MP para 12MP, mantendo a mesma disposição da câmera — e o sobressalto — do antecessor. O aparelho também foi o primeiro iPhone a conseguir filmar em resolução 4K, capacidade que poucos smartphones tinham na época. A abertura do sensor seguiu em ƒ/2.2, embora o tamanho do pixel tenha ido para 1,22µm, algo compensado pela maior quantidade de pixels nas fotos.

O modelo lançado em 2015 também finalmente trouxe uma melhoria há muito esperada, relacionada à câmera frontal. Em vez do mero 1,2MP de resolução da então chamada câmera FaceTime, o iPhone 6s trouxe um sensor frontal de 5MP, com uma melhora bastante sensível na qualidade (tanto de captura quanto de videochamadas), além de ter sido o primeiro modelo com o “flash” frontal (com a tela acendendo-se em brilho máximo ao tirar uma foto ou gravar um vídeo).

Já com o iPhone 7, tivemos várias novidades com relação à câmera, inclusive por ter sido o primeiro modelo (a versão Plus, mais especificamente) a trazer uma segunda lente telefoto. Mesmo no aparelho menor, porém, houve melhorias sensíveis, com um sensor diferente, ainda que com a mesma resolução, mas trazendo uma abertura ƒ/1.8, com sensor de 1/3 polegada. Além disso, tivemos a chegada da estabilização óptica também para o dispositivo de menor tamanho, e o flash também passou a contar com quatro LEDs, ao invés de dois.

No caso do iPhone 7 Plus, começou-se uma tendência — de certa forma, até hoje adotada — de diferenciar os aparelhos mais caros dos mais baratos de uma mesma linha com funções da câmera. Pela primeira vez, um iPhone trouxe um segundo sensor traseiro, o qual era telefoto, também de 12MP, com uma distância focal de 56mm (contra 28mm da grande angular), abertura ƒ/2.8, tamanho de 1/3,6″ e capacidade de zoom de 2x (óptico).

Foi também a câmera dupla que viabilizou o modo Retrato, inaugurado com esse modelo — e disponível apenas no iPhone maior, equipado com duas câmeras. Além disso, ambos os modelos ganharam mais um upgrade na câmera frontal, embora não tão significativo como o que ocorreu na geração anterior, com a resolução passando de 5MP para 7MP.

Com o iPhone 8, houve melhorias significativas na qualidade das fotos, embora as especificações não tenham mudado tanto. O modelo menor continuou com apenas um sensor com a mesma resolução do antecessor, assim como com as demais características semelhantes. O iPhone X, por sua vez, trouxe o segundo sensor, telefoto, com zoom de 2x melhorado, com a abertura indo para ƒ/2.4 e a adição de estabilização óptica também na câmera telefoto.

Os modelos trazem, ainda, um sensor novo e maior, com a automatização de técnicas fotográficas avançadas, bem como a compreensão dos elementos de uma cena para otimizar a captura e uma melhor estabilização. O foco automático e o HDR 2 ficaram melhores, assim como o modo Retrato, que ganhou um desfoque mais natural, maior qualidade e os efeitos do Modo Iluminação de Retrato.

Foi também com o iPhone 8 que foram criados os novos efeitos das Live Photos (como Loop Infinito e Longa Exposição), além da compressão HEIF (fotos) e da HEVC (vídeos), ocupando menos espaço. O flash do aparelho também ganhou um upgrade sensível, passando a ter sincronização lenta — o que significa fotos mais naturais, sem ocultar o fundo e com iluminação 40% mais uniforme.

No âmbito do design das câmeras, também há mudanças com a disposição vertical das câmeras do iPhone X. Os três aparelhos também passaram a ter a capacidade de filmar em 4K a 60 e 24qps; até o iPhone 7, era possível capturar vídeos nessa resolução a apenas 30qps.

Ainda em matéria de vídeos, os iPhones 8, 8 Plus e X passaram também a poder fazer capturas em câmera lenta a 240qps com resolução 1080p, e não apenas em 720p. Os aparelhos ganharam, ainda, um codificador de vídeo que processa imagens em tempo real, para garantir uma melhor qualidade.

Com o iPhone Xs e o Xr, houve algumas mudanças, ainda que tímidas, nas configurações das câmeras dos aparelhos. Ainda que a resolução de ambos os sensores tenha se mantido a mesma, a distância focal da câmera principal foi para 26mm, o tamanho do sensor, para 1/2,55″ (32% maior), enquanto o tamanho do pixel, para 1,4µm.

A câmera frontal dos aparelhos ganhou, ainda, a capacidade de filmagem em Full HD a 60qps e a tecnologia dual pixel, que combina diferentes pixels em um só, aumentando a definição das fotos. Tais mudanças refletiram-se em melhorias sensíveis na qualidade das imagens capturadas pelos aparelhos em todos os sentidos (tanto em iluminação quanto em nitidez e outros aspectos).

Outras novidades foram o HDR Inteligente (que melhora o alcance dinâmico, inclusive em vídeos) e o Controle de Profundidade (o qual permite ajustar a abertura do diafragma e a profundidade de campo de fotos tiradas com o Modo Retrato). Os iPhones ganharam, também, a capacidade de filmar captando som estéreo.

Após o lançamento do iPhone XS, os usuários começaram a notar algo nas fotos com a câmera frontal que terminou virando uma polêmica mais abrangente, apelidada de “beautygate”. As selfies capturadas pelo dispositivo mostravam as peles das pessoas de forma suavizada, prejudicando a nitidez e a fiel representação, com uma espécie de “Modo Embelezador”. O problema terminou sendo corrigido no iOS 12.1.

Já com os modelos da linha 11, houve novidades bastante substanciais em matéria de câmera. Os iPhones 11 Pro e 11 Pro Max foram os primeiros a contar com três sensores, com a adição da câmera ultra-angular — que também chegou ao aparelho de entrada. A partir de então, pois, todos os iPhones passaram a ter ao menos duas câmeras (com a exceção dos modelos SE).

O sensor principal continuou com basicamente as mesmas configurações do modelo anterior, mas a câmera telefoto ganhou uma abertura ƒ/2.0 e uma distância focal de 52mm. A nova câmera ultra-angular, por sua vez, tinha uma abertura ƒ/2.4, distância focal 13mm e amplitude de 120º. O flash True Tone dos aparelhos também ficou 36% mais brilhante.

A resolução da câmera frontal, por sua vez, aumentou para 12MP (ainda com abertura ƒ/2.2), e a lente ganhou um ângulo mais aberto e passou a ter cinco elementos, contra quatro das lentes de câmeras frontais dos iPhones 7 a Xs. Essa mudança permitiu melhorias bastante significativas nas qualidades das fotos não apenas em matéria de resolução, mas também de captação de luz e diminuição de ruídos.

Com o aumento na resolução da câmera frontal, o aparelho também passou a poder capturar vídeos a 4K com até 60qps. Ela ganhou, ainda, a capacidade de filmar em câmera lenta em resolução Full HD 1080p com até 120qps — criando as chamadas slofies.

Outra novidade das câmeras do iPhone 11 foi o modo Noite, que chegou aos três modelos da linha e existe até hoje nos modelos mais recentes. Trata-se de um recurso que, por meio da longa exposição (mantendo o diafragma aberto por dois ou três segundos) capta mais luz, deixando fotos em ambientes escuros muito mais iluminadas do que ao tirar fora do modo.

Modo Noite desativadoModo Noite ativado
Imagem sem e com o modo Noite.

O legal é que o uso do recurso é automático, com um ícone sendo mostrado na parte superior do app Câmera quando há pouca luz no ambiente. Ainda que seja necessário manter o iPhone parado enquanto a foto é capturada, suaves movimentos da mão são compensados tanto pela estabilização óptica quanto pelo próprio software.

Ainda em matéria de recursos, pode-se destacar o Deep Fusion, que ajuda as imagens a ficarem mais nítidas e detalhadas usando informações das lentes do iPhone e aprendizado de máquina. Também houve a adição da capacidade de captura de vídeos com alcance dinâmico estendido em até 4K a 60qps, uma função de “zoom de áudio” e um novo modo no Modo Iluminação de Retrato.

No iPhone 12, a estrutura geral, distância focal e resolução das câmeras dos aparelhos foram mantidas. As aberturas, porém, foram levemente modificadas: embora a da câmera frontal e a da ultra-angular tenham permanecido as mesmas, a da grande angular de todos os modelos passou para ƒ/1.6; a da teleobjetiva, para ƒ/2.0 (no 12 Pro) e para ƒ/2.2 (12 Pro Max).

A diferença nas aberturas das câmeras e no zoom dos topos-de-linha dá-se em razão de uma pequena diferença nas duas capacidades: o 12 Pro continuou com um zoom óptico de 2x, mas o 12 Pro Max ganhou um de 2,5x. Além disso, as três câmeras passaram a suportar HDR Inteligente 3 e o Deep Fusion. O modo Noite também passou a funcionar com a ultra-angular.

Apesar de ter continuado com a mesma resolução, a lente principal do iPhone 12 recebeu outras melhorias. Ela passou a contar com um arranjo de sete elementos, um maior diafragma e, no caso do 12 Pro Max, um sensor 47% maior, proporcionando uma maior entrada de luz e pixels maiores, de 1,7μm.

O modelo mais avançado da linha também ganhou o chamado sensor-shift, um sistema de estabilização que fica no próprio sensor, e não na lente. A maior estabilização também proporciona fotos mais nítidas, em especial no nodo Noite, que lança mão da longa exposição, necessitando que o iPhone não seja muito movido de lugar.

Outra novidade exclusiva dos modelos Pro — antes presente em iPads Pro — foi o scanner LiDAR, que cria um mapa de profundidade de espaços medindo o tempo que a luz leva para refletir um objeto. O componente é útil para apps de realidade aumentada, bem como para melhorar a câmera dos iPhones; o sensor torna o foco automático mais rápido e preciso, além de possibilitar a combinação dos modos Noite e Retrato.

Também foi com os iPhones 12 Pro/12 Pro que o recurso ProRAW foi implementado, permitindo a captura de imagens no formato RAW, retendo mais detalhes e informações. Os aparelhos também ganharam a captura de vídeos com o Dolby Vision, que proporciona um HDR avançado e de maior qualidade, além da possibilidade de fazer time-lapses no modo Noite.

Os iPhones 13, por sua vez, ganharam sensores maiores (1/1.9″ nos modelos mais simples e 1/1.7″ nos topos-de-linha). A câmera grande-angular dos aparelhos de entrada e dos modelos Pro, por sua vez, ganhou aberturas de ƒ/1.6 e ƒ/1.5, respectivamente, enquanto as da ultra-angular foram para ƒ/1.8 e ƒ/2.4. A teleobjetiva dos modelos Pro tinha uma abertura de ƒ/2.8.

O tamanho dos pixels do sensor principal passou para 1,7µm nos modelos mais simples e 1,9µm nos mais avançados. Os iPhones 13 e 13 mini ganharam a estabilização sensor-shift, antes exclusiva do 12 Pro Max, e todas as câmeras dos aparelhos passaram a ser capazes de fazer capturas com o modo Noite.

Foi também com a linha 13 que os iPhones ganharam os Estilos Fotográficos e o modo Cinema. Eles ganharam, ainda, o HDR Inteligente 4 e os dois modelos Pro passaram a compartilhar a mesma lente teleobjetiva, com um zoom óptico de 3x. Os modelos topos-de-linha também passaram a poder filmar no formato ProRes.

Tanto o sensor da câmera de zoom quanto o da ultra-angular ficaram maiores e, no caso dos topos-de-linha, a lente de ângulo mais aberto ganhou autofoco e a capacidade de focar a uma distância de apenas 2cm.

O sensor frontal, por sua vez, continuou com 12MP e abertura ƒ/2.2 em todos os modelos, com melhorias advindas basicamente do software. A câmera, contudo, ganhou suporte a todos os recursos adicionais das traseiras, como o suporte aos modos Noite e Cinema, bem como aos Estilos Fotográficos e ao HDR Inteligente 4.

Com o iPhone 14 Pro, uma característica fundamental das câmeras finalmente recebeu melhorias: a resolução do sensor principal passou a ser de 48MP! Houve também incremento de 65% no tamanho do sensor, que passou para 1/2,8″, com pixels de 1,22µm e abertura ƒ/1.78. O dos modelos 14 e 14 Plus, porém, continuou em 12MP, com abertura ƒ/1.5, tamanho de 1/1,7″ e pixels de 1,9µm.

A abertura da ultra-angular, nos modelos topos-de-linha, passou para ƒ/2.2. Tanto a da teleobjetiva quanto a da ultra-angular dos outros dispositivos da linha mantiveram-se as mesmas, embora tenha havido melhorias em matéria de captura em baixa luz. O flash dos iPhones 14 Pro/14 Pro Max, por sua vez, ficou 2x mais brilhante e passou a ajustar os LEDs de acordo com a cena ou lente.

Junto ao aumento na resolução do sensor, os modelos mais avançados ganharam uma tecnologia chamada de pixel binning. Trata-se da combinação das informações de quatro pixels em apenas um, usando o Photonic Engine, de modo a reduzir o tamanho final das fotos capturadas para os mesmos 12MP e alcançar mais nitidez e captação de luz.

Essa técnica é usada ao tirar fotos no dia a dia, considerando o alto tamanho e tempo que uma foto em 48MP leva para ser processada. Como o Apple ProRAW, porém, passou a ser possível fazer capturas com toda a resolução do sensor; uma foto em 48MP capturada com o referido modo ocupa mais de 50MB!

O ganho na resolução dos iPhones 14 Pro/14 Pro Max também permitiu que a Apple voltasse a oferecer uma opção de zoom de 2x sem ser digital — a opção usa um recorte da parte central da imagem captada pelo sensor de 48MP, produzindo uma imagem nativa de 12MP sem perdas de qualidade.

Os quatro modelos ganharam também o modo Ação, com um novo sistema de estabilização de imagens bastante efetivo. Ele corta a imagem, deixando os vídeos com resolução 1080p, necessitando apenas de boa iluminação. O modo Cinema, por sua vez, passou a funcionar em resolução 4K, com HDR, e em 24qps.

Em matéria de câmera frontal, toda a linha ganhou um sensor que, mesmo tendo os mesmos 12MP dos modelos anteriores, passou para uma abertura ƒ/1.9, em vez da ƒ/2.2 do iPhone 13. Outra novidade importante foi o foco automático, inédito até então em câmeras frontais de iPhones. Também tivemos o Photonic Engine por aqui, resultando em melhorias tanto em vídeos (em até 4K a 60qps) quanto em fotos.

Com o iPhone 15, houve melhorias sutis, em especial nos modelos mais avançados. Os modelos de entrada ganharam sensores grande angulares de 48MP, com abertura ƒ/1.6, tamanho de 1/1,56″ e pixels de 1µm, também com a tecnologia pixel-binning. A ultra-angular continuou em 12MP, com abertura ƒ/2.4.

Já nos modelos mais avançados, o sensor principal continuou com 48MP, abertura ƒ/1.78 e demais características, bem como ultra-angular de 12MP e abertura ƒ/2.2 e teleobjetiva de 12MP e abertura ƒ/2.8. A câmera frontal dos quatro modelos também se manteve como antes.

Uma diferença notável, porém, está na teleobjetiva do iPhone 15 Pro Max. Ela ganhou uma lente periscópio que oferece zoom óptico de 5x, além de desfoques mais naturais, tendo uma distância focal de 120mm. Apenas o modelo maior ganhou a novidade, porém — o iPhone 15 Pro continuou com a telefoto com zoom de 3x.

Com a resolução maior, os quatro aparelhos têm a capacidade de capturar com zoom de 2x que não é digital, com o corte da região central da imagem em 48MP. Outras opções de captura dessa maneira incluem zoom de 1,2x e de 1,5x, oferecendo um “meio de campo” no caso dos modelos com a teleobjetiva, que tem capacidade de zoom superior.

A linha também trouxe o HDR Inteligente 5, gravação de vídeos em Apple Log (com maior preservação de detalhes), modo Retrato automático e ajuste posterior do foco de fotos tiradas com o modo. Tornou-se possível, ainda, capturar fotos usando toda a resolução (48MP) no formato HEIC, e não mais apenas em ProRAW. Por padrão, as fotos passaram a ser capturadas em 24MP, em vez de 12MP.

Nos iPhones 16 e 16 Plus, o sensor grande-angular de 48MP foi mantido, agora chamado de Fusion, com tamanho de 1/1,56″, abertura ƒ/1.6 e pixels de 1.0µm, com a tecnologia quad-pixel. Já o sensor ultra-angular, ainda com 12MP, abertura ƒ/1.6 e autofoco, ganhou suporte a capturas em macro.

Os aparelhos também se tornaram capazes de gravar vídeos espaciais graças à disposição das câmeras na vertical, recurso antes reservado aos modelos Pro. Outra novidade foi o recurso Audio Mix, que permite focar o áudio de um vídeo na voz de uma pessoa após captura, incluindo ferramentas de redução do ruído.

Já nos modelos Pro, o sensor principal chegou à segunda geração do quad-pixel, com capacidade 2x mais rápida de processar dados, tendo as mesmas especificações, porém, da dos modelos mais avançados da geração anterior. A câmera ultra-angular, contudo, chegou a 48MP — também quad-pixel — e o iPhone 16 Pro ganhou a lente tetraprisma (com zoom óptico de 5x), antes reservada ao modelo Pro Max.

Em matéria de vídeos, os aparelhos mais avançados da linha ganharam a capacidade de capturar em 4K a 120 quadros por segundo, tanto em câmera lenta quanto no modo de gravação. O sensor frontal, contudo, continuou com 12MP e abertura ƒ/1.9.

Por fim, vale notar que a Apple sempre realiza várias pequenas mudanças entre gerações, em especial no pós-processamento das fotos e no hardware, o que sempre gera resultados melhores. Além disso, avanços no processador dos iPhones e em outros aspectos são outros fatores a ajudar no desempenho das câmeras.

Vale fazer uma observação aqui em relação aos iPhones SE (1ª e 2ª gerações) e ao iPhone 16e: como eles são basicamente uma reciclagem de aparelhos já lançados, não destrinchamos as câmeras deles pois elas são as mesmas utilizadas em outros modelos comentados no post. Ainda assim, eles estão devidamente referenciados na tabela abaixo, na qual sistematizamos a evolução das especificações das câmeras:

Modelo Resolução Tamanho do sensor principal Tamanho dos pixels (sensor principal) Abertura do sensor principal Capacidade máxima de gravação de vídeo
iPhone original 2MP
iPhone 3G 2MP
iPhone 3GS 3MP ƒ/2.8 480p a 30qps
iPhone 4 5MP
VGA (frontal)
1/3,2″ 1,75µm ƒ/2.8 720p a 30qps
iPhone 4s 8MP
VGA (frontal)
1/3,2″ 1,4µm ƒ/2.8 1080p a 30qps
iPhone 5 8MP
1,2MP (frontal)
1/3,2″ 1,4µm ƒ/2.4 1080p a 30qps
iPhone 5s 8MP
1,2MP (frontal)
1/3,0″ 1,5µm ƒ/2.2 1080p a 30qps
iPhone 5c 8MP
1,2MP (frontal)
1/3,2″ 1,4µm ƒ/2.4 1080p a 30qps
iPhone 6 8MP
1,2MP (frontal)
1/3,0″ 1,5µm ƒ/2.2 1080p a 60fps
iPhone 6 Plus 8MP
1,2MP (frontal)
1/3,0″ 1,5µm ƒ/2.2 1080p a 60fps
iPhone 6s 12MP
1,2MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/2.2 4K a 30qps
iPhone 6s Plus 12MP
1,2MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/2.2 4K a 30qps
iPhone SE (1ª geração) 12MP
1,2MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/2.2 4K a 30qps
iPhone 7 12MP
7MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 30qps
iPhone 7 Plus 12MP + 12MP
7MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 30qps
iPhone 8 12MP
7MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone 8 Plus 12MP + 12MP
7MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone X 12MP + 12MP
7MP (frontal)
1/3,0″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone 11 12MP + 12MP (telefoto)
12MP (frontal)
1/2,55″ 1,4µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone 11 Pro 12MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/2,55″ 1,4µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone 11 Pro Max 12MP + 12MP + 12MP (frontal: 12MP) 1/2,55″ 1,4µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone SE (2ª geração) 12MP
7MP (frontal)
1/2,55″ 1,4µm f/1.8 4K a 60qps
iPhone 12 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/2,55″ 1,4µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 12 mini 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/2,55″ 1,4µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 12 Pro 12MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,9″ 1,7µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 12 Pro Max 12MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,9″ 1,7µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 13 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,9″ 1,7µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 13 mini 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,9″ 1,7µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 13 Pro 12MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,7″ 1,9µm f/1.5 4K a 60qps
iPhone 13 Pro Max 12MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,7″ 1,9µm f/1.5 4K a 60qps
iPhone 14 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,7″ 1,9µm ƒ/1.5 4K a 60qps
iPhone 14 Plus 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,7″ 1,9µm ƒ/1.5 4K a 60qps
iPhone 14 Pro 48MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,28″ 1,22µm ƒ/1.78 4K a 60qps
iPhone 14 Pro Max 48MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,28″ 1,22µm ƒ/1.78 4K a 60qps
iPhone 15 48MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,7″ 1,9µm ƒ/1.5 4K a 60qps
iPhone 15 Plus 48MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,7″ 1,9µm ƒ/1.5 4K a 60qps
iPhone 15 Pro 48MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,28″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone 15 Pro Max 48MP + 12MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,28″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 60qps
iPhone 16 48MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,56″ 1.0µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 16 Plus 48MP + 12MP
12MP (frontal)
1/1,56″ 1.0µm f/1.6 4K a 60qps
iPhone 16 Pro 48MP + 12MP + 48MP
12MP (frontal)
1/1,28″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 120qps
iPhone 16 Pro Max 48MP + 12MP + 48MP
12MP (frontal)
1/1,28″ 1,22µm ƒ/1.8 4K a 120qps
iPhone 16e 48MP
12MP (frontal)
1/1,56″ 1.0µm f/1.6 4K a 60qps

A pergunta que não quer calar é: como estarão as câmeras desses telefones daqui a mais 5-10 anos?

Esta é a segunda parte de um especial abordando a evolução do iPhone ao longo dos anos. Em breve, teremos a terceira — focada em processador, desempenho, bateria e outros avanços.


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Cor: branco ou preto
Capacidade: 128GB, 256GB ou 512GB

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Notas de rodapé

1    Light emitting diode, ou diodo emissor de luz.
2    High dynamic range, ou ampla faixa dinâmica.
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