O que é o paradoxo de Fermi e o que tem a ver com extraterrestres?
O Paradoxo de Fermi refere-se à contradição entre a alta probabilidade de existir vida extraterrestre e o fato de nunca termos encontrado evidências que possam corroborar com essa afirmação.
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O paradoxo recebe o nome de Enrico Fermi, físico italiano ganhador do prêmio Nobel que viveu entre 1901 e 1954. A história conta que, em 1950, durante um almoço, Fermi avaliava as condições necessárias para o surgimento da vida — que, em teoria, são corriqueiras e fáceis de acontecer — quando se fez a pergunta: “Mas então, onde está todo mundo?”
Foi, então, a partir deste questionamento que o paradoxo foi formulado. A verdade é que não há resposta para essa pergunta, e existem muitas hipóteses que reforçam a ideia de que não estamos sozinhos no cosmos. No entanto, nunca foram encontradas quaisquer evidências observáveis capazes de comprovar que existe vida inteligente fora da Terra.
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Como o paradoxo de Fermi surgiu
O paradoxo de Fermi propõe um questionamento sobre a possibilidade de existir vida extraterrestre, considerando algumas hipóteses e premissas para explicar essa contradição.
Se considerarmos, por exemplo, que existem bilhões de estrelas na Via Láctea semelhantes ao Sol, e que é alta a probabilidade de existirem planetas orbitando essas estrelas de maneira semelhante ao que acontece no nosso Sistema Solar, faz sentido imaginar que uma civilização antiga e inteligente tenha se formado há muitos anos — ainda mais quando sabemos que o universo tem cerca de 13,8 bilhões de anos.
No entanto, se civilizações extraterrestres inteligentes existissem e fossem comuns, elas já teriam se espalhado pela galáxia e deixado vestígios, permitindo que os humanos conseguissem detectá-los. No entanto, nunca houve qualquer observação nesse sentido e, até hoje, não encontramos nenhuma evidência concreta de que exista vida além da Terra.
O paradoxo, então, surge: embora as condições para o surgimento da vida pareçam favoráveis em diversas regiões do universo, a ausência de comprovação a respeito gera a contradição.

Existem soluções para o paradoxo de Fermi?
Sim, há uma série de soluções que poderiam explicar o paradoxo. Uma delas é que ainda não conseguimos encontrar vida fora da Terra porque ainda não procuramos o suficiente e não esgotamos essa possibilidade.
Um ponto que comprova essa teoria é que os exoplanetas — planetas fora do Sistema Solar — só foram descobertos pelos cientistas nos anos 90. Portanto, acredita-se que seja possível que novos planetas semelhantes à Terra e propícios à vida ainda sejam encontrados e descobertos com o avanço da tecnologia.
Outra teoria considera que, talvez, a vida seja tão rara que as chances de duas espécies inteligentes estarem posicionadas de maneira próxima no universo são muito pequenas.
Para tentar resolver o paradoxo de Fermi, cientistas têm desenvolvido novas tecnologias para conseguir estudar melhor exoplanetas, como o Telescópio Espacial James Webb, da NASA. Com ele, pesquisadores podem estudar mais profundamente as atmosferas de planetas extrassolares e, quem sabe, encontrar planetas em zonas habitáveis.
Além disso, missões em andamento, como o rover Perseverance em Marte, lançado em 2020, também podem nos ajudar a entender melhor sobre a história do planeta vermelho e até mesmo revelar se, no passado, ele foi habitável.
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