Nuntius Games desperta em solo tupiniquim como a nova voz dos indies brasileiros

Nobres viajantes do mundo pixelado, escutem a mensagem que chega com os ventos do sul: uma nova estrela brilha no firmamento dos jogos independentes, e seu nome é Nuntius Games! Fruto da mesma linhagem que nos agraciou com o glorioso Pocket Bravery, a publicadora brasileira surge como arauto dos estúdios pequenos, porém repletos de talento, que anseiam por levar suas criações a cada canto da terra.

Apresentada ao mundo num showcase encantado, apresentado pelo bardo digital Coelho no Japão, a Nuntius abriu o grimório de sua biblioteca com títulos que vão do pavor ao puro deleite, da cangaceira fantasia ao delírio mecatrônico.

E como todo bom mensageiro, ela não apenas traz promessas — traz ação. E já começa com lançamento no dia da revelação! Sim, senhores, Heart: Future Whispers já pode ser experimentado pelos bravos heróis do PC.

Mas antes de invadirmos os reinos gameísticos que essa nova editora traz, vale dizer: o nome Nuntius vem do latim e significa “O Mensageiro”. E é exatamente esse o seu papel — servir de ponte entre o talento e o mundo. Entre o coração pulsante dos criadores e os corações famintos dos jogadores. Uma ponte feita não de tijolos, mas de sonhos pixelados.

Da névoa do terror ao riso das engrenagens

Entre os primeiros títulos a compor esta grandiosa marcha da Nuntius, temos:

• Damned 2: Um retorno arrepiante aos pesadelos multiplayer assimétricos. Aqui, quatro sobreviventes correm, gritam e soluçam enquanto tentam escapar de um monstro encarnado por outro jogador. Se já sentiu calafrios em Dead by Daylight, prepare-se para tremer em português.

• Shard Squad: Um bullet heaven que casa o caos de Vampire Survivors com a fofura de um anime das manhãs de domingo. Pegue um membro do esquadrão, salve criaturas corrompidas e dê uma lição de moral no apocalipse.

• Cordels & Spells: Uma ode nordestina ao poder do folclore e da literatura de cordel. Roguelike de ação onde enfrentar cangaceiros mágicos e recuperar cordéis amaldiçoados é tarefa para valentes e versados.

• Ghetto Zombies: Aqui, as ruas são o campo de batalha e mutantes do gueto se armam contra aberrações zumbis. É Metal Slug com sotaque da quebrada e munição cheia de estilo.

• Arashi Gaiden: Um spin-off ninja com sangue quente correndo em estilo dash & slash. O universo de Pocket Bravery se expande para os becos sombrios do Japão, onde reliquias ancestrais aguardam quem tiver lâminas afiadas e coragem pulsante.

Da pixel arte ao noir futurista

Se pensavas que o portfólio da Nuntius era unidimensional, desengane-se. A pluralidade é o nome do jogo:

• Vampire’s Veil traz vampiros carismáticos, combate ágil e uma estética que bebe do cálice de Castlevania com muito charme.

• Valiant Saga apresenta uma guerreira de machado e coração ardente em um mundo sombrio que poderia ter saído dos pesadelos de Dark Souls ou das prateleiras de Berserk.

• TerranLands resgata o espírito dos jogos de exploração e crafting em cavernas desconhecidas. Pense Terraria com tempero tropical.

• Bloodrush: Undying Wish é um roguelike hack’n’slash intenso e rápido, que mistura gótico, decadência e violência em balé de sangue. Hades que se cuide.

• Alien Strike: Blasting the Intruders pega emprestada a glória dos fliperamas dos anos 80 e a injeta com adrenalina co-op para até 3 jogadores.

• Mecharise une defesa de base, mechas, recursos e alienígenas em um xadrez explosivo. Um Starcraft com sabor local, talvez?

• RoboGAL: Gaga Delta Lady te permite jogar fases na ordem que quiser, como um bom Mega Man raiz, pegando armas das chefes e rindo da dificuldade.

E se tudo isso ainda não for bastante…

Há ainda joias como:

• Ape Drop, um puzzle de ação e reflexo rápido com vibe de arcade e muitas quedas memoráveis;

• Temple of Revi, um quebra-cabeça zen que reconstrói a natureza devastada;

• Slime Alchemy, com suas peças hexagonais e poções encantadoras.

E claro, os que já estão disponíveis para delírio imediato:

• Au Revoir, um point-and-click noir que mistura dilemas morais e investigação em um 2071 distópico. Um Blade Runner mais existencial.

• Fish Person Shooter, onde o FPS encontra o surreal. Piratas peixes em uma ilha caribenha? Por que não?

• CODE Bunny, um jogo de plataforma 2D baseado em momentum e combate. Aqui, o coelho não é só veloz: ele é letal.

• Bees vs Zombees, onde você defende a colmeia num roguelike tower defense. Prepare-se para o ZUMBEECALIPSE.

O brilho do presente e as runas do futuro

A Nuntius já chega jogando seu feitiço mais poderoso: um apoio real aos estúdios independentes, valorizando sua visão, respeitando sua arte e dando palco para sua paixão. Em um mundo de publishers que muitas vezes sugam mais do que somam, a Nuntius aparece como um pacto de confiança.

A diversidade de estilos, gêneros, e abordagens mostra que há uma curadoria cuidadosa por trás da seleção de títulos. É uma declaração de amor ao fazer jogos como forma de expressão, cultura e revolução.

Se você é jogador, prepare-se para novas histórias, jogabilidades criativas e mundos jamais vistos. Se você é desenvolvedor, eis aqui uma aliada valente com brasão de ouro.

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