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Metropolis e sua visão de um 2026 distópico que soa assustadoramente familiar

Arranha-céus gigantes contrastados com um céu escuro. A desigualdade entre ricos e pobres atingindo níveis extremos.

Magnatas explorando trabalhadores como engrenagens de uma máquina impiedosa. Inteligência artificial ameaçando substituir os humanos.

Parece uma previsão para o nosso futuro próximo, mas essa visão foi criada há quase um século em Metropolis (1927), o clássico de Fritz Lang que ajudou a moldar a estética e as narrativas distópicas que seguimos consumindo até hoje.

A metrópole que domina a humanidade

O enredo do filme se passa em uma megalópole futurista rigidamente dividida. No topo, a elite vive em arranha-céus luxuosos, cercada por conforto e tecnologia.

No subsolo, operários trabalham incessantemente, presos a uma rotina exaustiva que os transforma em meros apêndices das máquinas que operam.

Essa estrutura social desigual é simbolizada pela Torre de Babel, um imenso edifício que reflete a separação brutal entre os privilegiados e os oprimidos.

Como observa Pruethicheth Lert-udompruksa no blog do IAAC, Metropolisexplora temas de luta de classes, desigualdade social e os efeitos desumanizantes da industrialização.

Paul Batters, do Silver Screen Classics, vai além, comparando a arquitetura do filme às pirâmides e templos do Egito, estruturas que, ao longo da história, foram erguidas à custa do sofrimento da classe trabalhadora.

A linha invisível entre arte e política

A grandiosidade visual de Metropolis não é apenas estética, mas uma ferramenta para reforçar sua mensagem.

A iluminação dramática, os enquadramentos imponentes e os jogos de luz e sombra, recursos fundamentais para um filme mudo, são usados de forma magistral para ilustrar a perda de humanidade diante do avanço tecnológico.

O filme foi lançado em um momento de turbulência na Europa, quando o fascismo começava a ganhar força.

Seis anos depois, Lang teve que deixar a Alemanha por se recusar a aderir ao partido nazista.

Essa leitura política é ainda mais evidente nas versões restauradas do filme, já que, por décadas, Metropolis só podia ser assistido em edições censuradas ou incompletas.

Metropolis e 2026: profecia ou coincidência?

O que torna Metropolis tão inquietante hoje é a sua “previsão” para o futuro.

A história se passa em 2026, um ano que parece cada vez mais próximo da realidade que vivemos.

O trabalho extenuante, a ascensão das máquinas e a alienação da elite são temas que continuam ressoando, não acha?

Em um mundo onde a automação transforma os empregos, a desigualdade cresce e onde a tecnologia redefine nossas relações humanas, Metropolis se mantém atual — talvez até mais agora do que em 1927.

A diferença é que, desta vez, não se trata apenas de ficção.

O que você pensa sobre isso?

Leia também: Distopias para entender a realidade!

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