Meta quer inserir Quest no mundo da educação; entenda
Headsets de Realidade Virtual (RV) ou Realidade Mista (RM) não estão na lista dos produtos mais vendidos do mundo. O Apple Vision Pro que o diga…
O custo elevado e a falta de praticidade ajudam a explicar o desempenho abaixo do esperado. A esmagadora maioria da população mundial não tem dinheiro para comprar esses dispositivos. E você não consegue utilizá-los em todos os lugares.
As empresas ainda não conseguiram resolver o problema do preço. A questão do uso, do local e da utilidade, porém, parece ter encontrado um nicho interessante.
É claro que você pode usar um desses headsets para navegar pelas redes sociais ou para jogar videogame de um jeito diferente. Mas isso é limitar muito o público, ainda mais quando pensamos que um Vision Pro, por exemplo, custa US$ 5,2 mil (quase R$ 30 mil) na versão mais cara.
A ideia da Meta é levar o Quest para o ambiente escolar, segundo o TechCrunch. Os óculos continuarão sendo caros, mas as universidades e escolas particulares costumam ter mais dinheiro que a média da população. E trazer benefícios para o sistema educacional nunca pode ser considerado algo ruim.
Meta for Education
A empresa de Mark Zuckerberg possui um programa, chamado Meta for Education, que está em fase beta (ou seja, ainda em versão de testes) desde abril;
A ideia é inserir o Meta Quest nas salas de aula, dando treinamento e ferramentas para professores;
Esses docentes deverão aprender a levar conteúdo interativo e envolvente para os alunos;
Além disso, a big tech trabalha em aplicativos específicos para a educação, além de recurso que vai permitir que o professor gerencie vários dispositivos Quest ao mesmo tempo;
Imagine, por exemplo, uma aula sobre nosso Sistema Solar;
Em vez de você mostrar desenhos no livro ou na tela, você pode levar a criança para uma experiência imersiva no Espaço;
Algumas universidades já fazem esse tipo de abordagem;
Segundo informa o blog da Meta, a Universidade Estadual do Novo México (EUA) está ensinando justiça criminal imergindo os alunos em cenas de crimes virtuais para aprender a melhor forma de investigar;
Já a Universidade de Glasgow (Escócia) está ensinando ciências biológicas colocando alunos dentro de intestinos virtuais para ver como o corpo combate bactérias;
A empresa quer, agora, ampliar a parceria com outras faculdades (dos Estados Unidos e do Reino Unido) antes de lançar o produto oficialmente;
Entre as escolhidas estão: Arizona State University (EUA), Imperial College of London (Inglaterra), San Diego State University (EUA), University of Iowa (EUA) e University of Leeds (Inglaterra).
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Bons resultados prévios
Algumas escolas e universidades que já começaram a utilizar os headsets registraram resultados positivos. Há relatos de melhora nas notas, queda no índice de faltas e até mais engajamento por parte dos alunos.
No Morehouse College, por exemplo, as taxas de frequência aumentarem em dez pontos percentuais, enquanto o desempenho e as notas dos estudantes aumentaram em 11%.
Assim como aconteceu com a internet e os próprios computadores em sala de aula, algumas pessoas podem torcer o nariz para novas tecnologias. Hoje, porém, é inegável que houve ganho expressivo – quando a ferramenta é bem utilizada.
A companhia espera, agora, o feedback das universidades para dar sequência ao seu programa Meta for Education. Como mostramos acima, os primeiros resultados foram promissores e a empresa vai usar essas experiências para aprimorar ainda mais o produto.
No fim, ganha a Meta, que vai receber dinheiro futuramente, além de esvaziar um pouco os estoques dos seus headsets. Ganham também os alunos, professores e a educação como um todo. Que essa iniciativa se espalhe cada vez mais!
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