Mesmo com prejuízo bilionário, NVIDIA não vai abrir mão do mercado chinês
Uma das principais prejudicadas pelas tarifas e restrições que os Estados Unidos impuseram ao comércio com a China, a NVIDIA não vai desistir desse mercado. A promessa é do CEO Jensen Huang, que a fez em uma entrevista à CCTV logo após o corte de envio das placas H20 HGX AI para o país — algo que rendeu um prejuízo bilionário.
Segundo o executivo, o país representa um mercado muito importante para sua companhia. A intenção é continuar fornecendo produtos para centro de dados e para games, que vão ter que ser adequados às novas regulamentações impostas pelo governo de Donald Trump. Para a rival AMD, esse é um processo que deve custar pelo menos US$ 800 milhões para ser feito.

“Vamos continuar a fazer esforços significativos para otimizar nossos produtos que são condizentes com as regulamentações e continuar a servir o mercado chinês”, afirmou o CEO da NVIDIA. Enquanto ainda é possível que as placas H20 HGX AI sejam enviadas, elas agora dependem de uma aprovação do Departamento de Comércio dos EUA — que, como padrão, tem negado todos os pedidos do tipo.
NVIDIA ainda não divulgou seus planos para o mercado chinês
O modelo que gerou um prejuízo bilionário para a empresa é uma versão reduzida do processador H100, que se tornou bastante popular graças às suas aplicações no campo da inteligência artificial. A própria existência da variação é fruto de restrições impostas pelo governo dos EUA em 2022, que reduziram significativamente seu desempenho.

No entanto, a atual administração do país afirma que os ajustes feitos pela NVIDIA não foram suficientes. Ela argumenta que a versão atual tem largura de banda e largura de banda interconectada suficientes para que o dispositivo possa ser usado dentro de supercomputadores. Assim, teoricamente, a placa pode ser usada para o desenvolvimento de novas armas.
Vamos continuar a fazer esforços significativos para otimizar nossos produtos que são condizentes com as regulamentações e continuar a servir o mercado chinês
Até o momento, a NVIDIA não explicou como pretende continuar competitiva dentro do mercado chinês diante das restrições que enfrenta. Relatos indicam que Huang tentou negociar a situação diretamente com o presidente Trump ao participar de um evento exclusivo cuja entrada custava US$ 1 milhão — mas, até o momento, essa estratégia não deu certo.
Fonte: Tom’s Hardware