Mesmo com adiamento, nova Siri poderá ser lançada ainda neste ano
O adiamento da Siri integrada à Apple Intelligence, a qual foi anunciada no ano passado pela Apple, fez a empresa promover uma dança de cadeiras e ainda deu uma manchadinha na reputação da empresa, que não é acostumada a falhar no prazo para lançar recursos previamente anunciados (com exceção do AirPower, é claro).
De acordo com uma nova reportagem do The New York Times, no entanto, a Maçã corre atrás do prejuízo para lançar a assistente renovada o quanto antes. Embora a própria empresa tenha anunciado que a atualização foi adiada para 2026, pode ser que ela chegue ainda no final deste ano (ou pelo menos parte dela).
Segundo a matéria, a Apple planeja lançar a nova Siri no período que corresponde ao outono dos Estados Unidos — mais precisamente a partir de setembro, quando são lançados os novos iPhones e as novas versões dos sistemas operacionais da empresa (que deverão ser apresentados em junho).
Entre as novidades dessa Siri repaginada, estariam muitas das coisas já anunciadas pela empresa para essa renovação, como a capacidade de pedir para a assistente editar uma foto ou enviá-la para um contato — algo que será possível graças ao poder da inteligência artificial (IA).
Caso se confirme, esse lançamento “antecipado” poderá recuperar um pouco do dano que o adiamento causou na imagem empresa. Isso porque a novidade ainda chegaria no ano previsto inicialmente — embora com uns bons meses de atraso e em outra versão do sistema.
Problema antigo na Apple
A matéria ainda afirma que disputas internas na Maçã podem ter ajudado a contribuir para o atraso inicial na empresa em relação a IA — algo que teria começado em 2023, quando o então chefe da Siri, John Giannandrea, teria pedido a aprovação de Tim Cook para comprar mais chips de IA.
Com cerca de 50 mil GPUs 1 de 5 anos de idade nos servidores da Maçã na época (número ínfimo em relação às concorrentes), Cook aprovou inicialmente o pedido, mas o diretor financeiro da empresa, Luca Maestri, reduziu o aumento para menos da metade do planejado inicialmente.
Maestri encorajou a equipe da Maçã a tornar os chips existentes mais eficientes, mas a falta de um número suficiente de chips fez a empresa depender de negócios com provedores externos como Google e Amazon — um cenário que não foi muito ideal para o projeto de IA da companhia.
Se não bastasse isso, ainda rolaram disputas internas sobre o comando de determinados recursos da Siri entre Robby Walker e Sebastien Marineau-Mes, os quais acabaram ficando com partes específicas do desenvolvimento — demonstrando certa falta de unidade interna.