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Kuwait bane Call of Duty: Black Ops 6

E aí, meus amigos, fãs de tiros virtuais e caos geopolítico! Se você tava ansioso pra detonar em Call of Duty: Black Ops 6, aquele jogo onde o dedo coça no gatilho e a história é só um pano de fundo, vai ter que segurar o fôlego… pelo menos se você estiver no Kuwait.

Isso mesmo, o pequeno país decidiu que o novo capítulo da saga Black Ops não vai ver a luz do dia por lá. E o motivo? O glorioso Saddam Hussein (um verdadeiro FDP, diga-se de passagem, que nessa hora deve estar sentado no colo do capiroto) e a Guerra do Golfo dos anos 90.

Porque, afinal, se tem uma coisa que jogos fazem bem, é reabrir feridas históricas e colocar mais combustível no apocalipse, não é mesmo?

Quando o passado vira munição digital

Call of Duty: Black Ops 6, aquele jogo que te faz sentir um verdadeiro herói das guerras que você só viu nos livros de história, resolveu dar um passeio pela década de 90. O cenário? A Guerra do Golfo, claro. E, pra deixar tudo mais apimentado, os desenvolvedores acharam que seria uma boa ideia incluir Saddam Hussein e seus foguetes Scud, tacando o jogador no meio de um barril de pólvora virtual que mistura CIA, desertos escaldantes e, claro, muito petróleo queimando. A Ubisoft pode ter acertado com seu retrato histórico em Assassin’s Creed: Mirage, mas a Activision? Bom, eles resolveram ir na direção oposta e brincar com as chamas – literalmente.

Enquanto a galera do ocidente joga com a consciência tranquila, no Kuwait a história é um pouco mais complicada. Não é todo dia que um jogo decide recriar momentos dolorosos de destruição ambiental e traumas econômicos, como aqueles famosos campos de petróleo em chamas, que, convenhamos, são um cenário ótimo pra um mapa de multiplayer, mas meio pesado pra quem viveu a parada. Se você já acha ruim pagar caro no combustível hoje, imagine assistir a centenas de poços de petróleo pegando fogo bem no quintal de casa?

Banido? Claro, né!

A grande surpresa não é nem o fato de que Black Ops 6 foi banido, mas sim que demoraram tanto pra perceber o problemão que ia dar. A Ubisoft tentou se salvar com elogios por retratar a Bagdá histórica em Mirage, mas a Activision, no melhor estilo “vamos chocar”, decidiu dar foco em um período que ainda é uma ferida aberta para muitos. E o resultado? Baniu no Kuwait e cancelou todos os pre-orders na velocidade de um míssil Patriot. Porque, sejamos sinceros, você pode até fazer um jogo sobre guerras distantes, mas mexer com algo que ainda está fresco na memória de um país? Aí já é pedir demais.

A Activision, claro, fez aquela declaração padrão de esperança: “Estamos confiantes que as autoridades vão reconsiderar”. E o que isso significa? Basicamente, “se der certo, ótimo, senão… paciência”. Mas a verdade é que, no capitalismo gamer, tudo é uma questão de lucro, e enquanto um país proíbe, outros milhões jogam sem a menor preocupação com o que o Saddam fez ou deixou de fazer. Afinal, quem se importa com história quando se pode gastar grana em skins e pacotes de armas, né?

Comparando com o que já existe – ou como o capitalismo faz o impossível virar DLC

E por falar em pacotes caros e banimentos, essa não é a primeira vez que a franquia Call of Duty pisa em terrenos perigosos. Lembra do capítulo de 2009, onde você podia participar de um singelo ataque a um aeroporto russo, metralhando civis no meio de uma missão, digamos, “polêmica”? Pois é, a Activision já adora dar uma de “vamos ver até onde dá pra ir antes de tomar processo”. A diferença é que, dessa vez, a banheira de água quente em que eles se meteram tem um nome: geopolítica.

Agora, vamos ser honestos: Assassin’s Creed Mirage também retratou o Oriente Médio, só que, ao invés de jogar uma guerra contemporânea na sua cara, eles preferiram te levar pra uma versão turística da Era de Ouro Islâmica. Um passeio muito mais relaxante, onde você aprende sobre cultura e história enquanto pula de telhado em telhado, ao invés de explodir poços de petróleo e ficar fugindo de mísseis.

Bans no apocalipse dos games – e o que você vai jogar no lugar?

Se você está no Kuwait e não vai poder jogar Black Ops 6, não se preocupe, o apocalipse dos games tem opções pra todo mundo. Enquanto isso, no resto do mundo, o jogo vai vender como pão quente, e a galera vai detonar nos campos de petróleo sem nem pensar duas vezes no impacto histórico. Porque no fim do dia, o que importa é a diversão, né? (Isso se o preço do jogo não te fazer repensar suas prioridades financeiras.)

Enquanto isso, no conforto das suas batalhas digitais, você pode ainda dar uma olhada nos jogos que estão ganhando terreno no Oriente Médio, como o próprio Assassin’s Creed Mirage. Afinal, se não dá pra explodir petróleo virtualmente, pelo menos dá pra aprender algo com a história, enquanto você faz parkour pelas ruas de Bagdá. E, sejamos sinceros, no apocalipse atual de preços e economia instável, um jogo que te faz esquecer dos problemas do mundo real já tá valendo.

Entre guerra e diversão, quem paga o preço?

No fim, o banimento de Call of Duty: Black Ops 6 no Kuwait só mostra o quanto a indústria dos games gosta de brincar com temas explosivos (em todos os sentidos). A Activision já tem um histórico de pisar em território perigoso, e dessa vez não foi diferente. Mas, pra quem está em países onde o jogo ainda pode ser comprado (mesmo que a preço de ouro), o que importa é se vai dar pra rodar sem travar.

E se você é do time que ainda não pode comprar o jogo ou mora em um lugar onde ele foi banido… bom, sempre dá pra voltar pro Mirage ou tentar sobreviver ao apocalipse jogando títulos que, pelo menos, não mexem tanto com as cicatrizes da história.

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