Joseph Gordon-Levitt dispara contra uso de IA em Hollywood
O ator Joseph Gordon-Levitt emergiu, nos últimos dias, como crítico proeminente da inteligência artificial (IA) em Hollywood, alertando que a tecnologia representa ameaça ao trabalho de artistas. Ele afirmou que atuações dele e de outros profissionais estão sendo utilizadas para treinar modelos de IA sem permissão ou compensação.
Em entrevista ao programa “Tech Live” do The Wall Street Journal, Gordon-Levitt destacou que o rótulo de “inteligência artificial”, muitas vezes, oculta que essas tecnologias são criadas por humanos, e que as empresas devem ser responsabilizadas pelo uso do trabalho artístico.
Famoso por papéis em filmes, como “Dez Coisas que Eu Odeio em Você” e “A Origem”, ele vê Hollywood como um “canário na mina de carvão” para as disrupções que a IA pode trazer a diversos setores.
O uso da tecnologia tem gerado controvérsia nas negociações de contratos, com estúdios buscando formas de usar suas bibliotecas para treinar modelos de IA, que podem recriar animações e performances.
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Compensação aos artistas precisa existir, segundo o ator
Gordon-Levitt expressou preocupação de que, se soubesse que seus filmes seriam usados para treinar modelos que poderiam substituir elencos, não teria assinado os contratos;
Ele acredita que todos os acordos devem ser renegociados em função das novas tecnologias;
Embora reconheça que a IA pode democratizar a produção, ele enfatizou que os artistas devem ser compensados pelo uso de seu trabalho;
O ator alertou para o risco de excesso de conteúdo de baixa qualidade, gerado apenas para lucro, e concluiu que, se não agirmos, podemos nos ver afogados nessa inundação de material.
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