DestaqueEconomiaNewsPrincipais notícias

Jogamos | Drone Perspective — Quando “comandar um drone” vira sinônimo de microgerenciar o caos com interface dos anos 90

Sabe quando você junta aquela vontade de ser um comandante tático, uma pitada de “vou mudar o rumo da guerra com o meu mouse”, e um sonho molhado de assistir soldados obedecendo cada clique seu como se fossem bonequinhos de War em LSD?

Pois é. Isso é Drone Perspective, o jogo que tem o atrevimento de tentar ser Arma 3, Commandos, XCOM e um simulador de TI militar de 1999… tudo ao mesmo tempo. E spoiler: ele consegue ser meio tudo isso — mas só se você estiver numa LAN house em 2006 e o único outro jogo instalado for Campo Minado.

A história é… sei lá, uma mistura de Black Mirror com PowerPoint

Você começa o jogo sendo recrutado pela misteriosa organização VEIL, que basicamente é uma empresa que parece saído direto do script rejeitado de Deus Ex. E o que ela quer de você? Que você seja o estagiário militar de elite, operando uma interface que parece ter sido roubada do Windows 98 com adesivo de Call of Duty colado em cima.

Você não está no campo de batalha, não senhor. Você está em casa, no conforto do seu setup RGB, controlando a guerra como se fosse o Garçom de Estratégia: um clique aqui, uma unidade acolá, e pronto, matou 12 insurgentes antes do almoço.

A história se vende como um thriller militar de decisões complexas… mas na real? É tipo quando seu amigo manda textão no grupo do WhatsApp achando que tá mudando o mundo — e você só quer saber se o boss da dungeon já apareceu.

Jogabilidade: clique, espera, torce… e repete

A premissa de gameplay até empolga: controle esquadrões táticos via drone, dando ordens em tempo real enquanto observa tudo de cima, como se fosse o olho de Sauron, só que com menos fogo e mais bug visual. Você pode coordenar unidades Alpha, Bravo, Charlie e Echo, porque sim, usar nomes de alfabeto fonético automaticamente faz tudo parecer mais “tático”. É tipo chamar pizza de “objeto redondo de sustento prioritário”.

Mas ó, não se empolga muito. Porque a mecânica é quase uma rave de cliques e tentativas frustradas de fazer a IA obedecer. Tem hora que seu soldado ignora sua ordem e caminha reto pra uma mina terrestre, como se tivesse pensando: “Ah, quer saber? Hoje eu vou brilhar.”

O jogo quer que você pense taticamente, mas frequentemente parece um puzzle de paciência disfarçado de combate. Você grita mentalmente: “FLANQUEIA, SEU ANIMAL!” e o soldado, obediente, resolve pegar o caminho mais longo, cheio de inimigos e… é, morreu.

Interface: mais feia que skin de console em promoção relâmpago

Cara, vamos falar da interface. Sabe aquela estética retro-futurista que é tão feia que começa a parecer arte? Então, Drone Perspective tá nesse limbo visual. A UI é tão retrô que parece ter saído direto de um CD-ROM de curso de informática para senhores da terceira idade. Tem botão que você não sabe se clica, segura ou faz um ritual satânico pra funcionar.

A impressão é que o jogo quis ser “imersivo”, então te jogaram dentro de um painel militar estilo Stranger Things, cheio de janelinhas, barrinhas e alertas que fazem barulhos estilo “bip-bop-boop”. Se eu quisesse isso, eu ligava o antivírus enquanto usava o Winamp.

Gráficos e som: feitos no capricho… de um estagiário com pressa

Visualmente? É aceitável… se seu padrão for “tá melhor que Minecraft sem shader”. Não é feio, mas também não é bonito. É aquele meio termo burocrático que parece dizer: “Olha, a gente tentou, tá?”

As explosões parecem soltadas de After Effects comprado na Shopee. A movimentação dos soldados? Robótica. A trilha sonora? Tá lá. Cumpre a função de não deixar você jogando em silêncio constrangedor — o que, considerando os diálogos e sons de interface, até seria melhor.

Mas a comunidade gostou?

Olha, por incrível que pareça… sim. Os reviews na Steam são majoritariamente positivos, o que me faz questionar se a galera tá jogando mesmo ou só gostou da ideia. Muita gente elogiou a profundidade tática, a imersão (aham, tá), e o clima de suspense. Outros disseram que é tipo “Metal Gear sem o Kojima e com PowerPoint no lugar de cutscenes”.

Claro, tem quem critique. Muita gente fala dos bugs, da interface esquisita, e do fato de que a IA dos soldados tem menos QI que uma banana. Mas no geral, parece que o jogo conquistou seu nicho: fãs de estratégia hardcore que acham Command & Conquer muito casual.

E aí, vale a pena?

Drone Perspective é tipo aquele amigo que fala que vai montar um setup de R$30 mil, mas começa com um notebook Positivo e mouse de brinde. A ideia é ótima. A execução? Mais ou menos.

Se você curte jogos táticos que exigem paciência, visão estratégica e tolerância com bugs que parecem saídos de simulador indie de 2008, vai fundo. Agora, se você quer algo mais polido, intuitivo e com UI decente, talvez seja melhor aguardar umas 27 atualizações.

Mas ei, pelo menos não é um jogo de console, então você já sai ganhando.

Nota do Master Racer:
Sim, jogamos isso em um PC de verdade. Com teclado mecânico, monitor ultrawide e uma GPU que não parece um aquecedor elétrico de padaria. Porque a guerra pode ser feia, mas rodar em 60 FPS com Ray Tracing é o mínimo, né?

Em breve, traremos a análise completa de Drone Perspective com detalhes mais profundos, testes em diferentes hardwares e, quem sabe, um print do momento em que o soldado resolveu atacar uma parede achando que era um inimigo invisível. Até lá… mantenha seus drones abastecidos e seu sarcasmo em dia.

The post Jogamos | Drone Perspective — Quando “comandar um drone” vira sinônimo de microgerenciar o caos com interface dos anos 90 first appeared on GameHall.

Facebook Comments Box