DestaqueEconomiaNewsPrincipais notícias

Jogamos | A versão mobile de Prince of Persia: The Lost Crown vale a pena?

O bom e velho Prince of Persia. Nós o vimos escalar paredes impossíveis, desafiar o tempo, ser substituído por assassinos de capuz (sim, tô falando de você, Ezio) e agora… ele está de volta, direto na tela do seu celular. Prince of Persia: The Lost Crown não é apenas uma adaptação mobile qualquer. É um salto duplo de fé da Ubisoft no mercado mobile que, para a surpresa de muitos, aterrissa com uma cambalhota elegante e um ataque carregado na cabeça de quem duvidava.

PLATAFORMAS, GRÁFICOS E DESEMPENHO: UMA SURRA DE OTIMIZAÇÃO

Jogar Lost Crown no mobile não é como jogar uma versão reduzida ou “lite” da experiência de console. Nada disso. O game roda liso, com performance incrível até em dispositivos intermediários. Testamos em um Galaxy S21 e em um iPhone 13, e em ambos, o frame rate se manteve estável, com tempos de carregamento quase tão rápidos quanto a movimentação do nosso príncipe (quer dizer, do guerreiro Sargon, mas já chegamos lá).

Os visuais são puro suco da direção de arte da Ubisoft Montpellier, com aquele estilo 2.5D estilizado que remete a um conto persa digitalizado. Tudo brilha, pulsa, e mesmo com a telinha do celular, você se sente parte de Mount Qaf. Os menus são bem adaptados para a interface de toque, com botões bem posicionados e atalhos intuitivos.

JOGABILIDADE: TOQUE, DESLIZE E FIQUE VICIADO

Controlar Sargon é como conduzir um dançarino de parkour possuído por uma entidade acrobática do caos. O cara corre pelas paredes, pula, desliza, executa combos, contra-ataca… e tudo isso com controles responsivos que funcionam surpreendentemente bem em um jogo tão tátil. Os comandos são personalizáveis, e se você quiser conectar um controle bluetooth, o jogo não só aceita como agradece.

A jogabilidade é o grande trunfo aqui: mistura plataformas precisas, combate afiado e elementos metroidvania com uma fluidez que beira o hipnótico. Lembra um pouco a elegância de Hollow Knight, misturada com os quebra-cabeças ambientais de Ori and the Blind Forest, mas com aquela identidade acrobática que só PoP tem.

NARRATIVA E EXPLORAÇÃO: UMA NOVA ERA, VELHOS ENCANTOS

Aqui a coisa muda um pouco. Sargon não é o Príncipe tradicional. Ele é um dos Imortais, e precisa resgatar o verdadeiro herdeiro de Mount Qaf. A história, apesar de simples na superfície, se desenrola com boas viradas, personagens marcantes e um universo mitológico que mistura folclore persa com criatividades bizarras (de um jeito positivo).

A estrutura do mundo é aberta, meticulosamente interligada, cheia de segredos, atalhos e upgrades escondidos. Se você for do tipo que gosta de vasculhar cada centímetro do mapa atrás de um item que melhora o tempo de recarga da sua habilidade de teleporte, vai se sentir em casa. O jogo recompensa a exploração com um sistema de progressão envolvente e upgrades que mudam o ritmo da jogatina.

COMBATE: MAIS DO QUE APERTAR BOTÕES

Em The Lost Crown, combate não é só sair distribuindo espadada. Tem parry. Tem esquiva. Tem habilidades com cooldown. Tem projéteis, plataformas dinâmicas e chefes que ocupam meia tela e te obrigam a aprender padrões, abusar das brechas e, claro, morrer algumas boas vezes antes de ganhar aquela doce vitória.

Um dos pontos mais elogiados por reviewers (e com razão) é como o jogo respeita sua inteligência. Ele te ensina os sistemas, mas nunca pega sua mão. Os inimigos te punem por vacilos, e os chefes exigem timing, não só equipamento. Aqui, paciência vale mais que dedo rápido.

DIFICULDADE, ACESSIBILIDADE E OPÇÕES PARA TODOS

Tem dificuldade? Tem sim, senhor. Mas também tem modos acessíveis, ajustes finos no dano recebido e causado, opções de assistência de plataforma e customizações para que o jogador monte a experiência como quiser. É um dos jogos mais acessíveis da franquia sem abrir mão do desafio para quem curte o estilo mais hardcore.

TRILHA E SOM: OUVIR É PARTE DA MAGIA

A trilha sonora é inspirada, orquestrada, com traços de instrumentos do oriente médio, criando uma atmosfera única. Os efeitos sonoros são precisos, o voice acting é competente e toda a ambientação sonora te mergulha ainda mais na experiência.

E AÍ, VALE A PENA?

Prince of Persia: The Lost Crown Mobile é uma daquelas raras adaptações que não parecem adaptações. Parece um jogo feito sob medida para mobile, mesmo sendo um gêmeo quase idêntico à sua versão de console. Ele respeita o legado da franquia ao mesmo tempo que arrisca com um protagonista novo, ambientação mitológica e gameplay que vicia mais que poção de vida em dungeon sem volta.

Para quem curte um bom metroidvania com acrobacias afiadas, combate justo, narrativa envolvente e performance afiada no celular, essa coroa não está tão perdida assim. Ela está é muito bem colocada na cabeça do rei dos jogos de plataforma mobile em 2025.

The post Jogamos | A versão mobile de Prince of Persia: The Lost Crown vale a pena? first appeared on GameHall.

Facebook Comments Box