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James Webb pode ter batido próprio recorde e encontrado as galáxias mais distantes

O Telescópio Espacial James Webb pode ter feito uma das descobertas mais impressionantes de sua missão: cinco galáxias candidatas a “mais antigas já observadas”, localizadas a cerca de 13,6 bilhões de anos-luz de distância. De certa forma, James Webb vem se confirmando como uma poderosa máquina do tempo cósmica oferecendo um vislumbre precoce do Universo jovem e turbulento.

Ao observarmos um objeto celeste distante, estamos, na verdade, vendo como ele era no passado. A luz que estamos recebendo (detectando) saiu desse objeto há milhões ou bilhões de anos.

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A descoberta, sob a liderança do astrofísico Vasily Kokorev, da Universidade do Texas, Estados Unidos, faz parte do projeto GLIMPSE, voltado para observações no plano médio infravermelho e que realiza as detecções mais profundas já feitas do cosmos. Os resultados ainda devem passar por confirmação e foram publicados na forma de pré-impressão do repositório de artigos arXiv. As galáxias deverão ganhar nome só depois de tudo confirmado.

Webb se superando

Para identificar essas galáxias, os cientistas utilizaram um fenômeno cósmico chamado “lente gravitacional”, previsto por Albert Einstein. Trata-se de uma distorção no espaço-tempo onde a luz de um objeto distante pode ser ampliada pela gravidade de um corpo massivo, como uma galáxia ou aglomerado de galáxias, que está entre o objeto e o observador. No caso, a equipe de Kokorev recebeu a ajuda do aglomerado de galáxias Abell S1063, localizado a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância.

Essas novas galáxias apresentam um desvio para o vermelho (redshift) entre z = 16 e z = 18, uma medida que indica o quão distantes e antigas elas são. A mais distante das cinco é vista como era quando o Universo tinha “apenas” 200 milhões de anos. JADES-GS-z14-0, a galáxia mais distante observada por James Webb até então – e a mais distante já detectada pela humanidade, tem um desvio para o vermelho de z = 14,2, sendo vista como era 280 milhões de anos após o Big Bang.

Apesar do grande avanço, as galáxias ainda são muito fracas para que seus detalhes sejam analisados em profundidade. Para uma compreensão completa de sua natureza, seria necessário um espectro mais detalhado, algo que os cientistas esperam obter com mais observações no futuro.

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