IA será utilizada para mapear os vírus que vivem no corpo humano
Os vírus são normalmente associados com doenças. Mas nem todos estes organismos são capazes de provocar problemas de saúde, ainda mais os considerados graves, sendo a grande maioria deles até mesmo benéficos para o nosso organismo.
Na verdade, uma pessoa saudável pode abrigar dezenas de trilhões de vírus. No entanto, apenas uma pequena fração deles já foi mapeada pela ciência. É por isso que cinco universidades estão unindo esforços para usar inteligência artificial e mudar este quadro.
IA vai analisar milhões de amostras
Este grande estudo recebeu o nome de Programa Viroma Humano e deve durar cinco anos.
A ideia é coletar saliva, fezes, sangue, leite e outras amostras de milhares de voluntários.
Todas elas, então, serão analisadas pela IA.
Os pesquisadores destacam que identificar estes vírus é um trabalho difícil, uma vez que alguns organismos são tão pequenos que podem se esconder dentro das células humanas.
Alguns podem até inserir seus genes no DNA da célula hospedeira, onde podem se esconder por anos antes de se replicar.
A expectativa é conseguir detectar dezenas de milhões de vírus até então desconhecidos.
Os cientistas também querer descobrir qual a função de cada um dos organismos mapeados.
As informações são do The New York Times.
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Muitos vírus vivem de forma harmônica no nosso corpo
Um dos maiores desafios do projeto é descobrir os efeitos benéficos dos vírus. Os cientistas destacam que vários organismos vivem normalmente dentro do corpo humano. Eles até podem se beneficiar de bactérias.
Essa parceria também pode ser boa para nossa saúde. Estudos recentes sugerem que alguns vírus podem ajudar o nosso organismo a se defender contra patógenos invasores. Os citomegalovírus, por exemplo, são aliados contra o câncer de pele.
Neste caso específico, os citomegalovírus se tornam ativos dentro das células da pele que foram danificadas pelo sol. As células infectadas produzem proteínas virais, que chamam a atenção das células imunológicas próximas. Eles atacam as células danificadas, impedindo o desenvolvimento da doença.
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