Guerra dos Chips: o plano da China para lidar com Trump
A indústria de semicondutores da China está se preparando para enfrentar mais quatro anos de desafios sob a presidência de Donald Trump, especialmente após sua vitória nas eleições. As informações são da Reuters.
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs duras restrições a empresas chinesas como Huawei, ZTE e SMIC, colocando-as em listas negras comerciais que dificultaram o acesso a tecnologias cruciais dos EUA, como hardware e software.
A administração Biden seguiu uma linha similar, com controles de exportação mais amplos, visando restringir o acesso da China aos chips mais avançados produzidos por empresas americanas. Diante desse cenário, a indústria chinesa está intensificando esforços para reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e aumentar a autossuficiência.
Entre as estratégias para enfrentar a pressão externa, destacam-se a busca por novas alianças com países e empresas que possam se sentir alienados pelas políticas americanas, além da contratação de talentos estrangeiros.
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Empresas chinesas precisam se proteger contra políticas de Trump
A Associação da Indústria de Semicondutores de Pequim sugeriu que empresas chinesas reforcem suas operações no exterior e busquem expandir suas parcerias, principalmente se a coordenação global de sanções contra a China enfraquecer sob o governo Trump.
Também se espera que a China aumente a produção doméstica de chips, visando se tornar autossuficiente e reduzir a dependência de tecnologias ocidentais.
Além disso, a China intensificou suas compras de equipamentos semicondutores estrangeiros, com destaque para as máquinas de litografia necessárias para fabricar chips avançados.
No primeiro semestre de 2024, as importações de equipamentos semicondutores aumentaram 33%, totalizando US$ 24,12 bilhões, com um forte foco na compra de máquinas da ASML.
A indústria também está mais preparada para lidar com eventuais tarifas e restrições, sentindo-se mais robusta do que nas tensões comerciais anteriores com os EUA. O foco continua em fortalecer a autossuficiência e expandir as capacidades internas de produção de semicondutores.
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