Google TV Streamer na prática: muitas melhorias e uma mudança que ninguém pediu
O Google TV Streamer chegou ao mercado para aposentar o excelente Chromecast com Google TV. O novo dispositivo chega com evoluções significativas em relação ao modelo anterior e é uma ótima opção de upgrade para o seu sistema de TV.
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Nós testamos o Google TV Streamer pelos últimos meses para te falar os acertos e o que não deveria ser mexido em relação ao Chromecast.
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Adeus ao formato antigo com muita melhoria
Já estava mais do que na hora de o Google mudar o formato do seu aparelho de streaming, e o TV Streamer fez o que era preciso: deixou de lado o formato “dongle”, que ficava escondido na traseira da TV e deu as boas-vindas ao modelo de “TV Box”, que complementa a estética da sala de estar.
Assim, ele não fica mais preso diretamente à porta HDMI, mas pode ficar visível no móvel em frente à tela.
Seu visual é discreto e elegante, com um formato “achatado” e levemente inclinado da traseira para a frontal. Toda a construção é em plástico com acabamento emborrachado — algo bem comum em diversos produtos do Google. Visualmente, ele cai bem em qualquer ambiente, mas por ser bem pequeno, você pode escondê-lo atrás da TV, se preferir.
Google TV Streamer chega com novo formato e mais conexões (Imagem: Thalles de Souza Ribeiro/Canaltech)
O novo formato permite mudanças importantes além da estética: este design possibilita a adição de mais conexões ao corpo do dispositivo, e a empresa de Mountain View aproveitou bem isso, colocando uma porta Ethernet na traseira. Assim, você pode tanto conectá-lo por Wi-Fi quanto por rede cabeada.
Além dessa entrada, naturalmente, há uma porta USB-C para alimentação e uma HDMI para conectar o aparelho à TV. Assim como o Chromecast, porém, o Google TV Streamer não liga se você conectar o seu cabo de energia à porta USB da TV. Isso é um ponto forte dos Fire Stick da Amazon, por exemplo.
Para finalizar, a empresa ainda posicionou uma tecla na traseira, que pode ser acionada quando você “perder” o controle dentro de casa. Ao pressioná-la, o acessório emitirá um som para que você possa localizá-lo com facilidade. Mantendo pressionada, você pode conectar outros controles e, aqui, ele reconheceu o de uma TV LG.
Formatos, compatibilidade e conectividade
O Google TV Streamer não impressiona com sua lista de especificações, mantendo recursos do antecessor com pequenas melhorias.
Apesar de uma experiência fluida, sua conectividade Wi-Fi poderia ser mais avançada para justificar o preço mais elevado em comparação ao Chromecast.
Especificações:
Suporte a HDR10+, Dolby Vision e Dolby Atmos; Porta Ethernet para conexão de rede cabeada; Conectividade Wi-Fi dual band (2,4 GHz e 5 GHz); Ausência de suporte ao Wi-Fi 6, esperado para um produto moderno; Preço: US$ 99 nos EUA (~R$ 610 em conversão direta). Google TV Streamer agora tem porta Ethernet para internet via cabo (Imagem: Thalles de Souza Ribeiro/Canaltech)
Em relação à compatibilidade com outros aparelhos, o novo TV Streamer pode ser usado como um hub para o controle de casa inteligente.
Ele tem suporte ao protocolo Matter e pode ser uma forma simples de gerenciar tudo da tela da TV — assim como as TVs da Samsung que contam com SmartThings.
No entanto, esse recurso ainda não está disponível no Brasil e não há previsão para um update que libere todas as funções por aqui.
Controle melhorou e piorou
Pode ser um preciosismo da minha parte — e isso é uma opinião bem pessoal —, mas a mudança no controle remoto desagradou tanto a mim quanto a outros usuários, conforme relatos em redes sociais.
Falo especificamente da posição das teclas de volume, sendo esta a mudança que mais me incomodou no Google TV Streamer.
Controle do Google TV Streamer não tem tecla lateral para aumentar ou diminuir o volume (Imagem: Thalles de Souza Ribeiro/Canaltech)
No Chromecast, os dois botões ficavam na lateral direita, e isso dava uma ótima ergonomia ao usar o acessório. Essa posição estratégica — aliado ao próprio formato do controle — dava um “encaixe” perfeito na mão”. Agora, os botões ficam na “área comum” do controle, junto com os demais.
Mas, sendo justo, acredito que essa mudança deve deixar o uso do acessório mais confortável para canhotos. Sendo destro, não sei até que ponto o formato antigo dificultava o manuseio por quem usa prioritariamente a mão esquerda.
Questão estética pessoal colocada de lado, algo que certamente poderia ser melhorado do Chromecast para o TV Streamer seria a adição de uma tela play/pause, para pausar ou retomar uma reprodução mais rapidamente.
Experiência e navegação
O Google TV Streamer chegou com armazenamento de 32 GB e memória RAM de 4 GB — um avanço significativo em relação à combinação de 8 GB + 2 GB do Chromecast. Isso permite que ele execute tudo com bastante fluidez.
Como destafcamos anteriormente, eu não presenciamos qualquer tipo de lentidão ou travamento durante o uso, mas é fato que também não tivemos nenhum problema do tipo com o próprio Chromecast — que foi testado aqui por vários meses.
De qualquer forma, essa mudança deve aumentar a longevidade do produto. Ao passar dos meses, é natural que vários apps sejam atualizados muitas vezes, então é importante ter um pouco de memória de sobra por enquanto.
O TV Streamer conta com a interface do Google TV carregada sobre o Android 14. Assim, ele está em uma versão do sistema bem recente e, consequentemente, tem suporte amplo a todos os apps disponíveis para o sistema do Google.
Dá para assistir Netflix, Prime Video, Disney Plus, HBO Max, Paramount Plus e muitos outros serviços de streaming.
Google TV Streamer tem visual discreto e elegante (Imagem: Thalles de Souza Ribeiro/Canaltech)
A tela principal é bem organizada e reúne filmes e séries reproduzidos recentemente, sugestões, apps instalados entre outras dicas de forma bem estruturada.
Vale a pena comprar o Google TV Streamer?
No momento, não vale a pena comprar o Google TV Streamer, principalmente se você já tem um Chromecast com Google TV.
As melhorias entre os dois aparelhos são significativas, mas não justificam o aumento de US$ 70 no preço — digo em dólar pois o TV Streamer ainda não é tão facilmente encontrado por aqui, e os modelos vendidos no Mercado Livre com estoque no Brasil passam de R$ 1.000.
Caso você ainda não tenha um dispositivo de streaming e quer dar um upgrade no sistema da sua TV, compensa mais pegar o próprio Chromecast ou ver se o Roku TV Express 4K atende suas necessidades (Nós já o testamos e falamos tudo sobre o aparelho em sua análise).
Se o Google TV Streamer chegar ao Brasil ou for encontrado por aqui em uma faixa de preço mais acessível — por volta de R$ 500 — aí passará a ser uma opção viável para o mercado brasileiro.
Leia a matéria no Canaltech.