Google teve acesso a dados de saúde de milhões de pessoas nos EUA
A Blue Shield of California, uma das maiores empresas de seguros de saúde dos Estados Unidos, está notificando milhões de usuários sobre um vazamento de dados.
A medida atende a exigências do Departamento de Saúde dos EUA.
A empresa confirmou que compartilhou informações privadas de saúde dos pacientes com o Google de 2021 até o início de 2024. No entanto, uma falha teria feito com que informações pessoais e confidenciais dos pacientes também fossem vazadas.
Google teve acesso até a dados financeiros
- A Blue Shield disse que usou o Google Analytics para rastrear como seus clientes usavam seus sites, mas uma configuração incorreta permitiu que informações pessoais e de saúde também fossem coletadas.
- Segundo a empresa, o Google “pode ter usado esses dados para conduzir campanhas publicitárias focadas nesses membros individuais”.
- A companhia de seguros ainda informou que os dados coletados incluíam tipos e números de grupos de planos de seguro, além de informações pessoais, como CEP, sexo e tamanho da família.
- Números de contas, datas de serviços e até mesmo dados financeiros também foram compartilhados.
- As informações são do TechCrunch.

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Casos do tipo não são raros nos EUA
Atendendo ao que diz a lei dos EUA, a Blue Shield of California agora está notificando 4,7 milhões de indivíduos afetados pela violação. Não está claro, no entanto, se a empresa pediu ao Google para excluir estes dados.
Este é o caso mais recente de divulgação de dados confidenciais por empesas do setor de saúde. Estas companhias costumam usar rastreadores online projetados para coletar informações sobre buscas de usuários na internet. Gigantes de tecnologia, como o Google, prestam este serviço, uma vez que dependem dos dados para publicidade e para gerar a maior parte de suas receitas.

No ano passado, a gigante de seguros de saúde norte-americana Kaiser notificou mais de 13 milhões de pessoas de que estava compartilhando dados de pacientes com anunciantes, incluindo Google, Microsoft e X (antigo Twitter).
Outro caso envolveu a startup de saúde mental Cerebral, que também compartilhou informações confidenciais de seus clientes.
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