Goldman Sachs pode entrar no mercado direto de criptomoedas
O segundo maior banco de investimento do mundo em termos de receita, Goldman Sachs, está de olho nos mercados de negociação direta de criptomoedas. A declaração é do CEO da instituição, David Solomon. De acordo com ele, se o ambiente regulatório dos Estados Unidos mudar, o banco considera a possibilidade de atuar no mercado direto de criptomoedas.
Durante um evento da Reuters Next em Nova York (assista a íntegra da entrevista aqui), Solomon descreveu as criptomoedas como uma “tecnologia interessante”. Destacou, ainda, que o interesse pelos ativos digitais, como Bitcoin, aumentou na medida que os investidores aguardam mudanças nas regulamentações. Ainda, destacou que apoia os direitos de indivíduos e empresas que confiam nas criptomoedas como reserva de valor e ativos especulativos.
Quando estimulado pela editora de finanças da Reuters, Lananh Nguyen, a dizer se o banco teria interesse em negociar Bitcoins no mercado direito, como uma exchange, Solomon fez questão de destacar que o banco é proibido de fazer isso. Assim, como ele não sabe como virá a regulamentação, preferiu não se manifestar. Mas disse que se o ambiente regulatório mudar, o banco vai considerar entrar nesse mercado.
Durante a entrevista, Solomon foi questionado sobre o risco das criptomoedas, como Bitcoin, estarem associadas a escândalos no setor, como o colapso da FTX. O CEO destacou que não associa criminosos, como Sam Bankman-Fried da FTX, aos ativos digitais. Ressaltou também que crimes também ocorrem em relação à moeda fiduciária, como o dólar, sem que isso comprometa a reputação do dólar.
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De olho no futuro dos ativos
Embora ainda não ofereça produtos de negociação direta relacionados ao Bitcoin e Ethereum, o banco está ampliando sua participação em ETFs de criptomoedas. No segundo trimeste do ano, o banco entrou no mercado de ETF ao comprar US$ 418 milhões em fundos de Bitcoin. Entre os fundos, destaque para a posição de US$ 238 milhões do iShares Bitcoin Trust, da BlackRock.
Ainda, em novembro, a instituição revelou planos para lançar uma plataforma spin-off focada em soluções blockchain. A tecnologia já existe. Trata-se do GS DAP, plataforma baseada em blockchain criada em 2022 pelo banco para agilizar os processos internos e que já foi utilizada, inclusive, para emissão de títulos do Banco Europeu de Investimentos.
No entanto, a ideia é transformar o sistema em uma plataforma própria, como uma espécie de Binance do Goldman Sachs. Algo que aconteceria entre o fim de 2025 e primeiro semestre de 2026, de acordo com Mathey McDermott, chefe global de ativos digitais do Goldman Sachs em entrevista para a Bloomberg News.
Mathew também mencionou que o banco está se preparando para lançar três produtos de tokenização voltados para grandes clientes institucionais. A tokenização consiste em criar uma representação digital na blockchain de ativos reais. A solução é uma oportunidade significativa à medida que a demanda por esses produtos cresce.
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