GlobalFoundries quer comprar a UMC para um plano chamado “Projeto Ultron” [RUMOR]

A GlobalFoundries estaria considerando adquirir sua competidora UMC para estabelecer uma presença dominante no segmento de processos maduros de litografia na fabricação de semicondutores. O plano ainda não foi divulgado oficialmente, mas vazou até seu nome: “Projeto Ultron”, segundo o Tom’s Hardware.

Enquanto TSMC, Samsung Foundry e até a Intel competem pela fabricação dos chips mais avançados do mundo, em processos que se aproximam dos 2nm, a GlobalFoundries e UMC competem em processos maduros mais antigos, como de 28nm e até maiores. Essas tecnologias ainda são muito usadas em segmentos automotivos, industriais e maquinário de legado.

Teoricamente, uma união entre GlobalFoundries e UMC resultaria no controle de 28% do rendimento total da indústria de fabricação de semicondutores. Ainda não seria competição considerável para a TSMC, que controla 44% do mercado atualmente.

Mas não é nas maiores que o “Projeto Ultron” mira, de acordo com os rumores. A GlobalFoundries estaria mais preocupada com a indústria emergente da China, com empresas como a SMIC que não têm dificuldades em oferecer chips em processos maduros, como faz a GF e a UMC.

Apenas a UMC se declarou sobre o assunto, dizendo que não tem conhecimento do projeto e atualmente não negocia uma fusão com outra empresa.

Ideia da GlobalFoundries faz sentido no papel, mas enfrenta desafios

Adquirir a UMC em vez de continuar competindo com ela faria sentido para a GlobalFoundries. Além da presença maior no mercado, a UMC é baseada em Taiwan, enquanto a GF fica nos EUA, o que daria uma ampla vantagem geográfica para a empresa resultante da união entre as duas.

A presença “espalhada” ajuda reduzir riscos envolvendo atritos geopolíticos e até acidentes ambientais, além de diminuir a dependência de cada empresa com os respectivos mercados que atualmente atendem.

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No entanto, há dificuldades para levar o “Projeto Ultron” adiante. Para começar, a GlobalFoundries é avaliada em US$ 20,41 bilhões, enquanto a UMC vale US$ 16,86. Ou seja, não há dinheiro em caixa para uma empresa simplesmente comprar a outra do dia para a noite.

Além disso, a GF ainda pode enfrentar obstáculos de agências regulatórias internacionais, principalmente da China. As autoridades do país não devem ficar contentes em ver uma competidora gigante surgindo de repente no segmento em que suas fábricas de semicondutores se destacam.