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Fortuna de Steve Jobs: quanto ele deixou e quanto valeria hoje

Steve Jobs, conhecido por seu papel fundamental na Apple e na Pixar, deixou uma fortuna estimada em US$ 10,2 bilhões ao falecer em 2011. No entanto, a maior parte de sua riqueza estava ligada à Disney, e não à Apple. Essa diferença se deve à sua decisão de vender quase todas as suas ações da Apple na década de 1980 e ao sucesso da Pixar, estúdio de animação que ele adquiriu em 1986 por US$ 5 milhões de George Lucas.

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História de Steve Jobs na Apple

A trajetória financeira de Jobs na Apple teve altos e baixos. Em 1985, após uma disputa interna com a diretoria, Jobs foi afastado da empresa que ele próprio havia fundado. Nesse contexto, ele vendeu 99,999% de sua participação na Apple, que na época correspondia a 20% da companhia, por aproximadamente US$ 100 milhões.

Após sua saída da Apple, Jobs fundou a NeXT, uma empresa de computadores voltada ao mercado corporativo e educacional. A NeXT foi importante para a história da Apple, pois, em 1996, a companhia adquiriu a NeXT por cerca de US$ 429 milhões, o que resultou no retorno de Jobs à empresa que ele havia deixado mais de uma década antes.

Além de seu retorno, Jobs foi nomeado CEO da Apple em 1997, posição em que permaneceu até sua morte. Durante esse período, ele recebeu um pacote de ações como parte de sua remuneração. Até 2011, ele acumulou cerca de 5,5 milhões de ações da Apple, avaliadas em aproximadamente US$ 2 bilhões no momento de sua morte.


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Steve Jobs revolucionou o mundo da tecnologia com o iPhone (Imagem: Reprodução/Paul Sakuma/AP)

Aposta na Pixar

Paralelamente, a compra da Pixar foi um marco na trajetória financeira de Jobs. Originalmente, o estúdio era uma divisão da Lucasfilm, especializada em animação por computador. Após adquiri-la por US$ 5 milhões em 1986, Jobs investiu para transformá-la em uma empresa lucrativa. O grande sucesso veio em 1995, com o lançamento de Toy Story, o primeiro longa-metragem da Pixar, que marcou o início de uma série de filmes bem-sucedidos.

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Em 2006, Jobs vendeu a Pixar para a Disney em uma transação de US$ 7,4 bilhões, recebendo 138 milhões de ações da Disney. Essa operação o transformou no maior acionista individual da Disney, com uma participação que, no momento de sua morte, estava avaliada em aproximadamente US$ 8 bilhões.

Valorização das ações

As ações de Steve Jobs continuaram a se valorizar após seu falecimento. Em 2014, a Apple realizou um desdobramento de ações de 7 por 1, aumentando o número de ações de Jobs de 5,5 milhões para 38,5 milhões. Em 2020, houve outro desdobramento de 4 por 1, elevando essa quantia para 154 milhões de ações.

Atualmente, essas ações estão avaliadas em aproximadamente US$ 20 bilhões e geram cerca de US$ 160 milhões em dividendos anuais, que são recebidos por sua viúva, Laurene Powell Jobs.

Jobs ficou conhecido por transformar a tecnologia de consumo com produtos como o iPhone, iPad e iPod (Imagem: Reprodução/Apple)

A participação de Jobs na Disney também sofreu ajustes ao longo do tempo. Em 2017, Laurene vendeu cerca de 64 milhões de ações por aproximadamente US$ 7 bilhões, mantendo ainda uma fatia significativa na empresa.

Hoje, a fortuna de Laurene Powell Jobs é estimada em US$ 30 bilhões, resultado da herança deixada por Jobs e da gestão de seus ativos, incluindo dividendos anuais da Disney, que somam cerca de US$ 120 milhões.

E se Jobs estivesse vivo?

Se Jobs não tivesse falecido em outubro de 2011 e mantido suas ações tanto da Apple quanto da Disney, sua fortuna poderia ser ainda mais significativa.

Em um cenário hipotético, considerando que Jobs manteve suas 154 milhões de ações da Apple (após as divisões de ações) avaliadas em aproximadamente US$ 20 bilhões em 2024, e suas 138 milhões de ações da Disney que, em 2024, poderiam valer cerca de US$ 15 bilhões, sua fortuna seria estimada em cerca de US$ 35 bilhões.

Porém, caso Jobs nunca tivesse vendido sua participação inicial de 20% na Apple em 1985, essas ações hoje valeriam aproximadamente US$ 400 bilhões. Ao somar a sua participação original na Disney, sua fortuna total poderia atingir US$ 415 bilhões.

Esse valor o colocaria entre os indivíduos mais ricos da história, fruto tanto de seu trabalho junto à Apple quanto de seu sucesso com a Pixar e participação nas ações da Disney.

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