Foi tudo adiado: dois filmes do Batman vão atrasar e James Gunn explica o motivo
The Batman, de Matt Reeves, foi lançado em uma época esquisita na Warner Bros, e o público já esperava que a continuação não saísse tão cedo, até porque o diretor também ainda tinha que se dedicar para a série Pinguim e é um artista que não costuma trabalhar com pressa. Mas a audiência ainda tinha esperanças de ver The Batman 2 ou The Brave and The Bold, longa prometido pelo coCEO do DC Studios, James Gunn. Só que ambos foram adiados, de acordo com o próprio chefe comunicou nesta semana.
Vale antes fazer um breve comentário que lembra uma regra importante imposta pelo produtor Walter Hamada em 2018, quando a Warner Bros. Discovery o escalou para tentar salvar o Snyderverse. O executivo enxugou todos os orçamentos, deixando-os sustentáveis, e essa ação se apoiou em duas mudanças no modelo de negócios: nenhum filme poderia ter o sinal verde para o desenvolvimento sem que tivesse uma janela de lançamentos em médio prazo e em uma data sem o conflito de outros gêneros; e eles só poderiam ser rodados se tivessem um roteiro completo no começo dos garranchos.
Na virada dos anos 2000, o Universo Estendido DC, ou Snyderverse, estava prestes a fechar as portas, enquanto os filmes Besouro Azul, Adão Negro, Shazam! Fúria dos Deuses e Flash ainda estavam para sair nesse mesmo mundo. Coringa nasceu com cara de independente e sequer fazia parte de um universo compartilhado.
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E daí, em 2022, o DC Studios, que nasceu em 2016 como um braço autônomo da Warner para substituir a DC Films e equivalente ao Marvel Studios, passou a ser comandando por James Gunn e Peter Safran, um na liderança criativa e o outro no gerenciamento de serviços, pessoal e processos.
Uma das primeiras coisas que James Gunn adiantou de cara é que ele faria um outro filme do Batman conectado com o novo Universo Cinematográfico DC (DCU, na sigla em inglês), chamado The Brave and The Bold. E The Batman 2 estaria em outra Terra do Multiverso DC.
The Brave and the Bold é uma adaptação de uma HQ de mesmo nome assinada por Grant Morrison e Frank Quitely (Imagem: Reprodução/DC Comics)
Muita esqueceu disso, mas Hamada fez um bem danado para o DC Studios e suas diretrizes sanitizaram muitos dos problemas causados por executivos que não sabiam nada sobre quadrinhos. O problema é que ele esteve no epicentro de uma guerra política interna envolvendo o nascimento da HBO MAX em plena pandemia.
E o que isso tem a ver? Bem, Gunn sabe que Hamada pavimentou um bom caminho na DC Studios e também aderiu a muitas de suas diretrizes.
Batman e The Brave and the Bold não tem roteiros prontos
Ok, agora sim, vocês lembram que Hamada havia baixado a regra de não começar projeto algum sem um roteiro pronto e uma janela de lançamento para manter as produções dentro de um orçamento sustentável, certo? Pois bem, a razão de ambos os filmes atrasarem é justamente por causa disso.
Assim, The Batman 2, de Matt Reeves, saiu de outubro de 2026 para 2027 e The Brave and the Bold sequer tem uma data de lançamento, tanto é que o diretor Andy Muschietti, que está à frente do projeto avisou até que vai assumir um outro filme antes do longa de Batman e Robin para o DCU.
O Batman pobre do Robert Pattinson vai demorar para distribuir cacarecos baixa-renda (Imagem: Reprodução/DC Comics)
“O único motivo do atraso é que ainda não há um roteiro completo. Matt [Reeves] está empenhado em fazer o melhor filme possível, e não dá pra adivinhar quanto tempo um roteiro leva pra ficar pronto. Uma vez que o texto estiver na mão, ainda há pelo menos dois anos de pré-produção, filmagens e pós-produção”, explicou Gunn na rede social Threads.
Então, as coisas se inverteram um pouco no DCU, para um bem maior. A prioridade é o Superman e sua família, já que o Universo DC orbita em torno do Homem de Aço, e não de Batman, como a Warner Bros vinha destacando antes. Melhor assim, um mundo decenauta consistente precisa dessa ordem e de roteiro bem feitos mesmo, mesmo que demore um pouco mais.
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