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Fidelity sugere que Bitcoin pode enfrentar cenários de estagflação com resiliência

Chris Kuiper, analista e CFA da Fidelity, explorou a relação entre o Bitcoin e os fatores macroeconômicos, destacando a possibilidade de um ambiente de estagflação nos Estados Unidos.

O estudo aponta que o Bitcoin, apesar de ter uma trajetória de alta em 2024, ainda não enfrentou um cenário econômico que combine alta inflação e crescimento baixo ou negativo.

A análise reflete sobre o comportamento do Bitcoin ao longo do último ano, comparando-o ao ouro. Em 2024, ambos os ativos seguiram movimentos semelhantes no início do ano, mas o ouro continuou sua alta enquanto o Bitcoin permaneceu estável.

No final do ano, o Bitcoin voltou a superar o ouro, reforçando a narrativa de “ouro turbinado”, que o posiciona como um ativo de proteção contra inflação. Apesar disso, a correlação entre Bitcoin e ações de tecnologia permaneceu alta, indicando que os investidores mantiveram o apetite por ativos de risco.

Controle do Fed na inflação poderá impactar o bitcoin, diz pesquisador

Kuiper sugere que o corte de taxas de juros pelo Federal Reserve e o aumento na liquidez monetária global poderiam impulsionar o preço do Bitcoin. No entanto, ele alerta para os riscos de uma “segunda onda” de inflação, semelhante às ondas inflacionárias das décadas de 1970 e 1980, que poderiam levar a uma estagflação. Nesse cenário, o desempenho do Bitcoin dependeria das decisões de política fiscal e monetária.

Se os bancos centrais optarem por combater o crescimento lento com mais estímulos, o Bitcoin provavelmente se beneficiaria. Por outro lado, se o foco for no controle da inflação por meio de cortes na liquidez e nos gastos, o Bitcoin poderia enfrentar dificuldades.

A análise também compara o potencial do Bitcoin ao desempenho do ouro na era de estagflação, quando o metal atingiu picos históricos durante ondas inflacionárias.

Independente do cenário da inflação nos EUA, quem tem bitcoin pode se beneficiar de oscilações na economia

A Fidelity conclui que, independentemente do cenário, o Bitcoin oferece benefícios em portfólios diversificados. Seja em uma recessão com estímulos ou em um ambiente de inflação persistente, o ativo digital mostra potencial para desempenhos positivos.

No entanto, a empresa alerta para possíveis desafios caso haja cortes drásticos nos gastos fiscais e na criação de dinheiro, algo considerado improvável no contexto atual de altos déficits estruturais.

A análise reforça o papel do Bitcoin como um ativo estratégico em tempos de incerteza econômica, destacando sua capacidade de adaptação e resiliência em diferentes cenários macroeconômicos. Nos últimos dias, a gestora também analisou que mais países podem adotar o bitcoin em breve.

Fonte: Fidelity sugere que Bitcoin pode enfrentar cenários de estagflação com resiliência

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