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Ex-executivos da Intel discordam sobre benefícios de manter a empresa unida

Passando por problemas graves que podem prejudicar seu futuro, a Intel tem sido alvo de muitas discussões envolvendo a possível separação de suas partes centrais. Após o ex-CEO Craig Barrett afirmar em uma coluna na Fortune que isso não faria bem à empresa, a publicação abriu espaço para que outros ex-executivos defendam uma visão contrária.

David B. Yoffie, Reed Hundt, Charlene Barshefsky e James Plummer, que já atuaram como diretores no conselho de diretores, afirmam que a companhia precisa ser dividida em pelo menos duas partes. Para eles, essa é a “única maneira de salvar uma das fabricantes mais importantes da América”.

Foto: Divulgação/Intel

A coluna argumenta que, como a única grande fabricante de semicondutores dos Estados Unidos, a Intel precisa dividir seus negócios de fundição e de designs de chips. Esse processo deve ser estimulado pelo CHIPs Act do governo local, cujos bilhões de dólares em incentivos devem ser usados para guiar a companhia para um caminho melhor do que o atual.

Intel é alvo de muitas discussões

Segundo os ex-diretores da Intel, a Qualcomm, ARM, Apollo e outras empresas estrangeiras estão “circulando” a companhia e tentando se aproveitar de sua situação negativa. Eles argumentam que uma divisão bem programada de suas atividades vai permitir que ela continue desempenhando um papel estratégico importante para os Estados Unidos, ao fornecer tecnologias de ponta para a inteligência artificial e usos militares.

Foto: Divulgação/Intel

Caso isso não aconteça — ou não venha acompanhado dos investimentos necessários —, a fabricante pode acabar falindo e sendo adquirida por empresas estrangeiras que não teriam interesse em manter ativas suas fundições. Eles também afirmam que o negócio, por mais que esteja perdendo dinheiro atualmente, deve sobreviver e evitar que o mundo dependa inteiramente da TMSC e de suas capacidades.

Em contrapartida, Craig Barrett defende que, caso a Intel seja separada, isso vai resultar em entidades separadas sem receitas suficientes para justificar seus altos custos de desenvolvimento de novas tecnologias. Ele afirma que foi justamente isso que aconteceu com a GlobalFoundries, que teve que se separar da AMD em 2009 e que perdeu espaço desde então.

Fonte: PC Gamer, Fortune

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