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Erupção que destruiu Pompeia durou 32 horas, revela novo estudo

Uma das erupções mais famosas da história causou a destruição de Pompeia. Em 79 d.C., o vulcão Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e fumaça a uma altura de mais de 30 quilômetros, liberando enormes quantidades de lava.

Dois milênios depois, um grupo de cientistas finalmente conseguiu recriar o passo a passo do desastre que matou cerca de 16 mil pessoas. Eles apontaram como a erupção progrediu e quanto tempo durou a destruição da cidade da era romana.

Linha do tempo precisa do evento foi criada

Tentativas anteriores de reconstituir a história da catástrofe já haviam sido feitas.

Elas se inspiraram nos escritos de Plínio, o Jovem, que não estava em Pompeia no momento da erupção.

De acordo com a descrição feita por ele, tudo começou com o surgimento de uma coluna de cinzas por volta do meio dia de 24 de outubro ou agosto (ninguém sabe ao certo qual a data exata da erupção).

No novo estudo, os pesquisadores examinaram várias camadas de cinzas, rochas e sedimentos que cobriam Pompeia.

Assim, conseguiram criar uma linha do tempo precisa do evento.

As conclusões foram descritas no Journal of the Geological Society.

Corpos preservados da tragédia de Pompeia (Imagem: Matyas Rehak/Shutterstock)

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Erupção durou pouco mais de uma hora e causou uma vasta destruição

Os cientistas determinaram que a erupção provavelmente começou ao meio-dia com uma explosão freatomagmática, quando o magma entra em erupção após contato com a água. Uma hora depois, uma coluna de fumaça começou a surgir no horizonte.

Uma camada de sedimentos de 143 centímetros de espessura avançou em direção à Pompeia. Além disso, fluxos piroclásticos, que são avalanches de gás, cinzas e fragmentos de rocha que descem encostas vulcânicas durante erupções explosivas, ocorreram em intervalos de aproximadamente 80 minutos.

A destruição de Pompeia é um dos eventos históricos mais conhecidos da antiguidade (Imagem: Darryl Brooks/Shutterstock)

Na madrugada, continuam os pesquisadores, a pluma vulcânica atingiu sua altura máxima de 34 quilômetros, estendendo-se até a estratosfera. O Vesúvio despejou 6,4 quilômetros cúbicos de material vulcânico, incluindo blocos maciços de rocha com vários metros de espessura.

No início do dia seguinte, novos fluxos piroclásticos ainda mais intensos atingiram a cidade. O mais letal deles se espalhou por uma área de 25 quilômetros quadrados e matou todos que ainda não haviam deixado o local. No total, foram detectadas 17 correntes de densidade piroclástica durante um período de 32 horas. A erupção chegou ao fim às 20h05 do dia 25, deixando um rastro de devastação que é lembrado até hoje.

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