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Engenheiro paraplégico com poderoso exoesqueleto vence Olimpíadas Ciborgue

O time de engenheiros do Korea Advanced Institute of Science & Technology (KAIST), na Coreia do Sul, trabalha há cerca de 10 anos no desenvolvimento de exoesqueletos. No quarto protótipo, esses cientistas chegaram a uma versão bastante poderosa, capaz de fazer com que uma pessoa com problema de locomoção se “vista” sozinha. Com a tecnologia, um membro da própria equipe levou para casa a medalha de ouro nas Olimpíadas Ciborgue, que aconteceu na Suíça.

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As Olimpíadas Ciborgue, também conhecida como Cybathlon, acontecem desde 2013, com a missão de fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias de assistência para indivíduos com problemas de locomoção. Na disputa, os exoesqueletos são testados ao extremo e só os mais funcionais triunfam. 

 

Paraplégico veste sozinho exoesqueleto

Um dos pontos mais curiosos em relação à nova versão do WalkON Suit F1 é a capacidade do usuário conseguir se vestir sozinho, sem a necessidade de assistência. Isso é extremamente raro.


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Em uma cadeira de rodas, a pessoa com paraplegia inicialmente ajusta as presilhas na canela e nas panturrilhas do exoesqueleto. Então, dá o comando para a outra parte do exoesqueleto se fixar na região do quadril em seu corpo. 

Quando tudo está conectado, o indivíduo se apoia em suas muletas e projeta o corpo para frente. É o mesmo movimento que quem vai se levantar faz. Assim, fica de pé, de forma totalmente autônoma, e dá os seus primeiros passos. Conforme se estabelece e se equilibra, pode abandonar as muletas, caminhando de forma mais livre.

Este feito fantástico da robótica somente é possível por uma série de tecnologias incluídas no dispositivo locomotor, como poderosos motores e algoritmos de controle. Também há um eficiente sistema de controle de peso que se ajusta à gravidade, impedindo que a pessoa caia no chão.

Exoesqueleto campeão das Olimpíadas Ciborgue

Na mais recente vitória da equipe do KAIST dentro da categoria corrida de exoesqueleto, alguns feitos inéditos foram obtidos com aparelho WalkON Suit F1 e o engenheiro paraplégico Seunghwan Kim. A prova, com diferentes desafios, foi completada em impressionantes 6 minutos e 41 segundos. Confira:

 

Como é possível ver no vídeo, o engenheiro precisou vencer seis desafios diferentes para conquistar a medalha de ouro. Entre eles, estavam: 

Andar de lado, passando por um vão estreito formado por cadeiras;  Carregar uma sacola e uma caixa, enquanto usa o exoesqueleto;  Caminhar sem as muletas;  Atravessar uma pista repleta de obstáculos, exigindo precisão e controle do exoesqueleto;  Abrir uma porta, passar por ela e fechá-la, sem nenhum tipo de assistência;  Realizar tarefas dentro de uma “cozinha”, como pegar o “pão” em uma prateleira baixa, levá-lo para a mesa e cortá-lo.

Veja cada um dos desafios desta modalidade nas Olimpíadas Ciborgue, de forma detalhada:

Pesquisador sul-coreano paraplégico desenvolve poderoso exoesqueleto, volta a andar e conquista ouro nas Olimpíadas Ciborgue (Imagem: Reprodução/Kaist)

Nenhum outro time chegou a um resultado parecido em tão pouco tempo. As equipes da Suíça e da Tailândia ficaram com o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. No entanto, levaram mais de 10 minutos para realizar todas as tarefas, que exigem um poderoso exoesqueleto.

Saiba mais:

Para além dos exoesqueletos, a robótica tem possibilitado uma série de outros avanços para pessoas com locomoção reduzida. Este é o caso de uma impressionante mão biônica:

 

Leia a matéria no Canaltech.

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