Energia nuclear: avanço com IA e consequências para clima
A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que a energia nuclear vai representar quase 10% da produção global de eletricidade até o final de 2025, o maior nível em 30 anos. Este aumento deve ser impulsionado, em parte, para suprir a demanda criada pela inteligência artificial.
Apesar de representar um avanço em termos de segurança energética, ainda mais depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, há discussões sobre os impactos desta matriz energética para a emergência climática global.
Vantagens e desvantagens da energia nuclear
A energia nuclear não libera emissões de carbono durante sua produção.
Esta vantagem tem alavancado o modelo como uma solução limpa para suprir a demanda de energética global, que cresce em ritmo acelerado em todo o mundo.
Entretanto, embora não polua da mesma forma que os combustíveis fósseis, a energia nuclear tem seu próprio conjunto de problemas ambientais.
Entre eles, as emissões indiretas liberadas pela extração do urânio, o acúmulo de resíduos radioativos e o risco de contaminação da água ou da ocorrência de um desastre como o de Chernobyl.
As informações são da IstoÉ.
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Saída para reduzir as emissões?
Nos últimos meses, os gigantes da tecnologia Meta, Amazon, Microsoft e Google anunciaram planos de investir em energia nuclear sob a bandeira da neutralidade carbônica – apesar de antes terem prometido apostar exclusivamente de energias renováveis. E com a pressão crescente para se reduzir as emissões de gases de efeito estufa, alguns formuladores de políticas também se manifestaram a favor de um novo impulso para o modelo.
Atualmente, a China é a maior produtora de energia nuclear do mundo. Já na Europa, os países estão voltando a investir nesta matriz energética, em especial a Alemanha, que fechou todos os seus reatores nucleares e precisou voltar atrás após a invasão russa à Ucrânia.
Henry Preston, porta-voz da Associação Nuclear Mundial (WNA), acredita que os formuladores de políticas se tornaram mais “pragmáticos” nos últimos anos, equilibrando a segurança energética e a emergência climática, enquanto pesam o aumento do custo e do cronograma de construção de um reator nuclear com o potencial de produzir uma “enorme quantidade” de energia limpa.
No entanto, grupos ambientalistas têm apontado que os novos e caros projetos nucleares, que normalmente levam cerca de uma década para ser construídos, não entrarão em operação a tempo de cumprir as metas climáticas. Por isso, defendem que os investimentos deveriam se concentrar em energias renováveis.
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