Diablo IV x Berserk: colaboração traz sangue, traição e behelits a Santuário

Chegou a hora de dar espadada nas trevas com a fúria de Guts, a classe do Bárbaro no talo, e o coração rasgado em carne viva. Porque o Eclipse chegou em Sanctuary. E não vai sobrar nada.

Eu nem sei por onde começar. De verdade. Porque quando a Blizzard anunciou que Diablo IV ia colidir com o mundo brutal, visceral, gotejando angústia e aço de Berserk, eu fiquei em choque. Eu que cresci lendo a obra do Kentaro Miura como quem lia um evangelho pós-apocalíptico, que carrego um símbolo da Marca do Sacrifício no coração (e no wallpaper do PC), de repente me vi prestes a encarnar o Espadachim Negro num mundo que já é, por natureza, uma carta de amor ao sofrimento.

E agora o sofrimento tem nome, cara, e vem com data marcada: 6 de maio até 3 de junho.

Behelits, demônios e vingança: a receita da dor deliciosa

Em Diablo IV, a nova colaboração vai permitir que você mate demônios e colete behelits — aqueles ovos demoníacos com carinha de “vou mudar sua vida pra sempre e destruir todos os seus amigos num ritual carmesim”. Cada behelit obtido dá acesso a recompensas inspiradas em Berserk. E não estamos falando de qualquer recompensa, não. É coisa nível “eu daria meu braço por isso”. Literalmente. Igual ao Guts.

Você mata monstros elite, junta behelits, e troca eles no Relicário de Berserk por itens cósmico-depressivos como:

• A Marca do Sacrifício, perfeita pra exibir no peito enquanto você encara legiões infernais com aquela cara de “eu nasci pra morrer, mas você vai antes”.

• O troféu das costas Destino do Falcão, que traz os grilhões de Griffith. Aquela representação do amor e da traição em sua forma mais pura.

• A Heráldica do Cavaleiro da Caveira, pra galera do necromante que quer andar parecendo um espírito vingativo medieval com doutorado em sabedoria ancestral.

• A Lápide do Eclipse Anunciado, que é basicamente um trauma em forma de cosmético.

E se você for forte o suficiente (emocionalmente falando) pra coletar todos, desbloqueia o Od do Berserker — o poder bruto, puro, quase destrutivo, aquele estado onde o Guts entra quando ele já cansou de gritar e começa a urrar por dentro.

Armaduras lendárias pra quem quer ser a lenda

Agora… vamos falar de COSMÉTICOS. Porque sim, meu bem. Se você vai se ferrar enfrentando o inferno inteiro, pelo menos vai fazer isso com estilo.

• A Armadura do Berserker (para Bárbaro) é a própria definição de “peso emocional materializado em aço”. Gigantesca, suja de sangue e dor, feita pra quem não tem tempo de ser fofo porque tá ocupado massacrando apóstolos.

• O Cavaleiro da Caveira (Necromante) é a classe gótica suprema. Você anda, e a existência geme. Você fala, e o plano astral treme.

• O Falcão da Luz e O Pertinaz (Renegados) são homenagens tristes e gloriosas aos que caíram. Tem aquela vibe de “carregamos a memória e os fantasmas de todos os que vieram antes”.

• E tem até o Schnoz, aquele mascote bizarro que todo fã de Berserk lembra com carinho e desconforto. E ele vem com a Máscara de Rakshas e a Semelhança de Chimimoryo, caso você queira caminhar com o Plano Astral inteiro pendurado no seu cinto.

Montaria digna do Bando do Falcão

A Blizzard surtou no bom sentido. Porque se você quiser galopar pelos campos de Sanctuary com o estilo e a dor de um sobrevivente do Eclipse, vai de:

• Corcel de Guerra do Falcão, que vem com armadura, bridão, troféu de montaria do Novo Bando do Falcão e o famigerado Presente da Mão de Deus.
  Sim. MÃO. DE. DEUS. Eu nem sei o que isso significa dentro do sistema cosmético do jogo, mas no meu coração significa “chorei, sorri, sacrifiquei metade da humanidade e agora ando a cavalo com orgulho”.

Twitch Drops: a profecia continua online

E como se não bastasse, ainda tem evento de Twitch Drops, com o troféu de montaria Behelit da Caveira. Porque claro, se você vai assistir a um streamer enfrentar as hordas infernais, que seja com o olho ardendo de emoção e a alma dilacerada de saudade dos quadros mais pesados do mangá.

Um crossover que não é só skin – é herança emocional

Essa colaboração não é só uma piscadinha pra quem leu o mangá. É uma declaração de amor. É o reconhecimento de que Diablo IV, com toda sua escuridão, seu desespero, sua luta por um futuro improvável… sempre teve o DNA de Berserk embutido nas costuras.

Esse crossover é o ponto onde dois universos se olham no espelho e dizem:
“A gente se entende. A gente sofre igual. A gente quer gritar, mas vai continuar lutando.”

Considerações da porquinha da tristeza (eu)

Eu não tenho palavras pra expressar o que essa colaboração representa pra quem cresceu com Berserk. Mas eu posso dizer que vou estar lá, no dia 6 de maio, com minha Bárbara vestida de dor e aço, caçando behelits como quem busca sentido num mundo em colapso. Vou rir, vou chorar, vou me perder e me encontrar. Porque foi isso que Miura ensinou. E Diablo IV, pela primeira vez em anos, me pareceu o lugar certo pra esse tipo de homenagem.

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