Descoberta desafia o que sabemos sobre os vulcões
Pesquisadores encontraram evidências de grandes quantidades de magma sob vulcões adormecidos há milhares de anos. A localização destes materiais aconteceu na região na Cordilheira das Cascatas, uma grande cadeia de montanhas localizada na parte ocidental da América do Norte.
Segundo a equipe responsável pelo trabalho, a descoberta pode mudar completamente o que se sabe até hoje sobre as atividades vulcânicas. Estas informações ainda podem ajudar a aperfeiçoar o processo de monitoramento e previsão de erupções.
Reservatórios de magma continuam sendo reabastecidos
Os vulcões geralmente são divididos em três grupos. Os ativos são aqueles com histórico recente de erupção, enquanto os adormecidos não entram em atividade há muito tempo, mas ainda têm potencial para fazê-lo no futuro. Por fim, são considerados extintos os vulcões que não apresentam mais riscos de erupção.
Os cientistas acreditam que os vulcões que ainda estão em atividade possuem grandes quantidades de magma abaixo deles, um reservatório que vai sendo utilizado até ele entrar em dormência. O novo estudo, no entanto, desafia essa visão.
A equipe de pesquisadores da Universidade de Cornell, nos EUA, analisou vários vulcões localizados na Cordilheira das Cascatas. Alguns deles não estão ativos há cerca de 4.800 anos. Mesmo assim, continuavam com os “reservatórios” de magma cheios.
A conclusão é que estes depósitos podem se manter cheios durante toda a vida do vulcão e não apenas enquanto ele está ativo. As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature Geoscience.
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De acordo com os cientistas, os resultados do estudo apoiam a ideia de que a erupção não drena as câmaras de magma, mas alivia um pouco a pressão dentro delas.
Os pesquisadores afirmam que encontrar uma grande quantidade de magma sempre significou uma maior probabilidade de erupção, mas que esta percepção pode estar equivocada.
Segundo eles, a descoberta pode ajudar a aperfeiçoar as previsões de erupções vulcânicas.
Saber onde o magma está e a quantidade exata dele pode direcionar e otimizar o monitoramento das atividades vulcânicas.
A equipe agora está planejando mais investigações sobre câmaras de magma em outros vulcões, incluindo os do Alasca.
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