Data centers crescem em São Paulo durante a corrida das IAs
Eles são gigantes silenciosos que guardam praticamente tudo o que fazemos na internet. Agora, os data centers se tornaram líderes dos investimentos no setor de serviços em São Paulo, atraindo quase R$ 40 bilhões em recursos para construção e expansão. É a nova aposta da economia digital no Brasil.
Segundo o Jornal da USP, três gigantes americanas estão por trás dos principais investimentos em data centers no Estado. A CloudHQ colocou R$ 15,6 bilhões na construção de seis prédios em Paulínia. A Microsoft veio logo atrás, com R$ 14,7 bilhões para expandir sua estrutura de nuvem e inteligência artificial. E a Scala, do grupo Digital Bridge, destinou mais de R$ 6 bilhões para crescer ainda mais no campus Tamboré, em Barueri.
Esses aportes fazem parte dos cerca de R$ 102 bilhões anunciados para o setor de serviços paulista entre 2020 e 2024. Os números, levantados pela Fundação Seade, mostram São Paulo se consolidando como um polo estratégico para a infraestrutura tecnológica do país.
Não são só os gringos: empresas brasileiras também estão apostando alto no futuro digital
Além das multinacionais, o setor nacional também entrou na corrida pelos dados. A Takoda, braço da Tivit, vai desembolsar R$ 2 bilhões para construir um novo complexo de data centers em Hortolândia. O investimento reforça o peso de São Paulo como ponto central da infraestrutura tecnológica do país — e, de quebra, da América Latina.

Mas nem só de servidores vivem os aportes bilionários. Segundo a Fundação Seade, outras áreas do setor de serviços também vão receber atenção. Atividades como redes hospitalares, pesquisa científica, esportes e até aluguel de veículos estão no radar dos investidores, mostrando que o movimento é amplo e vai além do mundo digital.
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Mesmo assim, os data centers continuam no centro da disputa. Em tempos de inteligência artificial, internet das coisas e dependência crescente da nuvem, garantir espaço — físico e estratégico — para processar e guardar dados virou prioridade.
Do Morumbi a Campinas: os bilhões também estão fora dos data centers
Nem só de tecnologia vive o pacote de investimentos. Bairros como Morumbi e Mooca, em São Paulo, vão ganhar novos complexos multiuso. Hospitais renomados, como o São Luiz e o Albert Einstein, também estão abrindo unidades na capital e na região metropolitana.

A maior parte dos recursos está concentrada na Grande São Paulo e em Campinas, mas outras regiões também foram contempladas. Sorocaba, o interior paulista e projetos que cruzam várias áreas do Estado fazem parte da lista.
Os aportes mostram que o movimento é amplo: saúde, ciência e infraestrutura dividem espaço com a tecnologia na transformação do mapa de São Paulo.
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