Crianças expostas ao flúor têm QI mais baixo, segundo estudo
Crianças expostas ao flúor têm QI mais baixo. É o que indica um novo estudo encomendado pelo governo dos EUA por meio do National Toxicology Program (NTP). A análise consistiu em uma revisão de outros estudos, com foco na exposição ao flúor e suas consequências para o neurodesenvolvimento e cognição.
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O flúor é usado para reduzir cáries e melhorar a saúde bucal, mas também tem sido detectado na água potável, alimentos e bebidas com adição de água, chás, pasta de dente, fio dental e enxaguante bucal, e uma preocupação dos cientistas é que a ingestão total combinada de flúor pode exceder quantidades seguras.
Com o estudo, os autores perceberam que os níveis mais altos de exposição ao flúor, como água potável contendo mais de 1,5 miligramas de flúor por litro, estão associados a um QI mais baixo em crianças. Basicamente, o QI significa quociente de inteligência, e é uma medida da capacidade de raciocínio de uma pessoa — daí os testes de QI.
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Exposição ao flúor
O NTP usa 4 níveis (alto, moderado, baixo ou muito baixo) para caracterizar a força da evidência científica que associa um resultado de saúde específico a uma exposição.
No caso dessa revisão, após avaliar estudos publicados até outubro de 2023, a equipe concluiu que há confiança moderada na evidência científica que mostrou uma associação entre níveis mais altos de flúor e menor QI em crianças.
“É importante observar que não havia dados suficientes para determinar se o baixo nível de flúor de 0,7 mg/L atualmente recomendado para o abastecimento de água da comunidade dos EUA tem um efeito negativo no QI das crianças”, diz o comunicado.
Crianças expostas ao flúor têm QI mais baixo, segundo estudo (Imagem: Didier Descouens/Wikimedia Commons)
O NTP também não encontrou evidências de que a exposição ao flúor teve efeitos adversos na cognição adulta.
QI mais baixo em crianças
A determinação sobre QIs mais baixos em crianças foi baseada principalmente em estudos feitos no Canadá, China, Índia, Irã, Paquistão e México, onde algumas mulheres grávidas, bebês e crianças receberam altas quantidades de exposição ao flúor (o dobro do que é recomendado pelo Serviço de Saúde Pública dos EUA, para se ter uma noção).
Mas o estudo faz uma ressalva: a pesquisa indica uma conexão entre flúor e QI mais baixo, mas não prova uma causa e efeito. “Muitas substâncias são saudáveis e benéficas quando tomadas em pequenas doses, mas podem causar danos em altas doses”, diz o grupo.
Mais pesquisas são necessárias para entender melhor se há riscos à saúde associados a baixas exposições ao flúor.
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