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Comercial da Claro promovendo o iPhone 15 é contestado pelo CONAR

Comercial do iPhone 15 da Claro

A Claro lançou recentemente uma campanha para promover a venda da linha iPhone 15 com planos da operadora, veiculada na TV e no YouTube. Contudo, o vídeo foi denunciado ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) por conter estereótipos de gênero no esporte feminino — e o órgão pediu que o comercial fosse alterado.

O vídeo, de 30 segundos, mostra dois homens na arquibancada de um jogo de tênis competindo quem faz a melhor foto das jogadoras (ambas mulheres) e de suas jogadas, com seus iPhones. Ao final da partida, as jogadoras se cumprimentam e os dois rapazes trocam um aperto de mão no fundo.

Apesar de não conter nenhuma conotação sexual explícita, o comercial foi considerado ofensivo por dar mais evidência à imagem das competidoras do que ao jogo de tênis, reforçando estereótipos da aparência e desvalorizando o esporte feminino.

Além disso, o comercial foi lançado como parte da campanha da Claro para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, no qual o próprio comitê organizador solicitou que a equipe audiovisual “evitasse enquadramentos sexistas e objetificados”, em respeito aos corpos dos atletas e à forma que são retratados na mídia.

A Claro apagou o vídeo de suas redes sociais em respeito ao CONAR, mas ele pode ser acessado abaixo pelo canal do Minha Operadora:

A representação (nº 168/24) foi julgada em dezembro do ano passado pela Segunda Câmara do CONAR, tendo como relatora a conselheira Priscilla Ceruti. A denúncia, feita por um consumidor que achou a inadequada a abordagem da competição, levantou um debate sobre a perpetuação de padrões e estereótipos sobre o corpo feminino na publicidade.

Em seu voto, Ceruti afirmou que é preciso olhar para o contexto social e os impactos que tais mensagens publicitárias podem ter na percepção do papel das mulheres no esporte e na sociedade. A relatora sugeriu que a narrativa do comercial fosse alterada, para que o foco não fosse no registro de fotos das jogadoras, destacando mais o jogo em si, por exemplo.

Vivemos em uma sociedade em constante transformação no que diz respeito à equidade de gênero, diversidade e inclusão.

O CONAR, com base nos artigos 1º, 3º, 6º, 19º, 20º, 22º e 34º do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, determinou que a Claro reformulasse a campanha a fim de remover qualquer elemento que pudesse ser interpretado como reforço da objetificação feminina, decisão tomada por maioria. Dessa forma, a alteração do comercial deve estar alinhada com a equidade e respeito à imagem feminina.

A Claro, em sua defesa, explicou que houve “um nítido exagero” na interpretação do comercial, que tinha um tom bem-humorado e ressaltava o desempenho das jogadoras. Além disso, alegaram que a competição entre os personagens refletia a paixão pelo esporte e pela tecnologia, o que não foi o suficiente para convencer o CONAR de voltar atrás em sua decisão.

A posição do CONAR reflete a responsabilidade publicitária em relação à perpetuação de papéis de gênero, e abre espaço para uma reflexão sobre a influência midiática na construção de valores e padrões sociais.


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via Minha Operadora

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