Colapso do token OM expõe risco estrutural em ativos com baixa liquidez

A queda de cerca de 82% em uma hora no token Mantra (OM) gerou diversas preocupações em analistas e investidores, ao evidenciar os riscos associados à liquidez limitada e à concentração de tokens em projetos emergentes.
Análises on-chain mostram movimentações superiores a US$221 milhões em OM antes do colapso. Informações do mercado indicam que o fundador do DeFi Reef, Denko Mancheski, junto a outro investidor relevante, teria tentado colateralizar posições em OM para obter liquidez por meio de outras criptomoedas.
Outro fator que chamou atenção foi a concentração de ordens de venda na corretora Binance. Conforme análises, o volume inicial de vendas a mercado girou em torno de US$ 1,6 milhão, o suficiente para desencadear uma liquidação acentuada em um ambiente que possui baixa liquidez, como o mercado da OM.
A dinâmica observada sugere um movimento coordenado, a utilização de tokens como colateral para operações alavancadas e posterior venda agressiva em mercados com pouca profundida. Esse tipo de estratégia é igualmente eficaz e destrutiva em ativos com baixa liquidez, nos quais pequenos volumes têm impacto desproporcional nos preços.
Dessa forma, a estrutura de mercado da OM se mostrou frágil. Diferente de ativos consolidados como o Bitcoin, que contam com cerca de US$6 bilhões em liquidez nos mercados spot, futuros, opções tokens menores muitas vezes operam sem suporte técnico suficiente (o que os torna vulneráveis a movimentos extremos e manipulações).
Outro ponto crítico foi a concentração de tokens nas mãos de participantes que adquiriram o ativo a preços baixos. Esse fator amplia o risco de quedas acentuadas, visto que, esses investidores tendem a realizar lucros de forma agressiva, pressionando ainda mais o mercado.
Especialistas mostram que a capitalização de mercado elevada não deve ser interpretada como um sinônimo de segurança. O verdadeiro termômetro de risco está na liquidez (mais precisamente na profundidade dos livros de ordens e nos volumes reais negociados.
O caso da Mantra (OM) serve como alerta para o mercado. Em ativos emergentes, a análise da liquidez deve ser parte central da estratégia de avaliação de risco. Em contextos de baixa liquidez, até ordens modestas podem gerar impactos significativos nos preços, expondo o investidor a perdas inesperadas. Avaliar a robustez do ecossistema de negociação torna-se, portanto, essencial para evitar armadilhas em mercados altamente voláteis.
Fonte: Colapso do token OM expõe risco estrutural em ativos com baixa liquidez
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