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Cientistas afirmam ter descoberto uma nova cor; apenas cinco pessoas puderam ver

Um estudo publicado na última sexta-feira (18) na revista Science Advances afirma que cinco pessoas enxergassem uma nova cor, jamais percebida pela visão humana. Batizada de “olo”, essa cor azul-esverdeada ultrapassa os limites de saturação conhecidos, criando uma experiência visual única e, até agora, inacessível ao olho humano.

A descoberta foi possível graças a um método altamente tecnológico que utiliza lasers e um sistema de rastreamento ocular. A técnica, chamada Oz, opera com precisão cirúrgica, direcionando microdoses de luz diretamente em células específicas da retina. O objetivo foi estimular apenas os cones M — responsáveis por captar a luz verde — sem ativar os cones vizinhos, algo praticamente impossível em condições normais.

Segundo Ren Ng, um dos coautores do estudo e também participante dos testes, o tom de olo é tão intenso que não pode ser comparado a nenhuma cor existente. Ele descreve a sensação como “enxergar uma versão extrema de algo familiar”.


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Estudo mostra uma nova cor, que poucas pessoas podem ver (Imagem: Sean Sinclair/Unsplash)

A técnica, se aprimorada, pode até ajudar pessoas com daltonismo a perceberem variações de cor que hoje são invisíveis. No entanto, a aplicação prática da tecnologia ainda está longe de ser acessível ao público.

O experimento foi possível apenas em um campo visual limitado — com área semelhante ao tamanho aparente da Lua no céu — e demanda equipamentos complexos disponíveis apenas em poucos laboratórios.

Mesmo com essas limitações, a descoberta da nova cor (“olo”) inaugura um novo capítulo no estudo da percepção visual. A possibilidade de criar cores inéditas pode transformar não só a ciência, mas também áreas como arte, design e realidade virtual.

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