Cientista nomeia dois caracóis do Brasil em homenagem a Senhor dos Anéis
Duas espécies de caracóis de água-doce recém-descobertas no Brasil foram batizadas em homenagem a personagens de O Senhor dos Anéis. Os gastrópodes, como são chamados os animais dessa espécie, receberam os nomes de Idiopyrgus eowynae e Idiopyrgus meriadoci, referenciando Éowyn e Meriadoc Brandybuck.
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Eles foram encontrados em uma caverna de calcário na Serra do Ramalho, no estado da Bahia, nordeste do Brasil. O estudo com a descoberta foi publicado nesta semana na revista científica Zoosystematics and Evolution.
Os animais pertencem à família Tomichiidae, um grupo conhecido anteriormente por habitar ambientes superficiais na água doce. A novidade revelou, no entanto, que eles se adaptaram a ecossistemas subterrâneos.
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A caverna Gruna do Pedro Cassiano, onde os caracóis foram descobertos, é um ecossistema frágil e ameaçado pelas mudanças climáticas, extração de água do local e desmatamento.
Devido ao habitat limitado da espécie e às ameaças ambientais, os autores recomendam que seja um ambiente classificação como vulnerável.
As descobertas, por sua vez, destacam a importância de proteger a biodiversidade subterrânea do Brasil e levantam preocupações sobre o impacto das atividades humanas nesses delicados ecossistemas.
Tolkien e nomenclatura de espécies
Na trama, Éowyn é uma mulher humana nobre que se torna guerreira e participa da guerra contra as forças de Sauron, onde derrota o Rei Bruxo. Já Meriadoc é um Hobbit primo e amigo de Frodo Bolseiro. Os dois viajam juntos para Valfenda, onde, na história, ocorre um conselho para definir o que será feito com o “Um Anel” encontrado.
No artigo, o autor do estudo Rodrigo B. Salvador disse que costuma usar muitas referências da cultura pop nos nomes das espécies que encontra. Isso, de certa forma, é uma tradição, uma vez que a história da taxonomia (ciência que classifica e nomeia os seres vivos) é comum o uso de nomes da mitologia e da literatura.
“É verdade que, antigamente, esses nomes vinham principalmente de mitos gregos e romanos e de Shakespeare. Hoje, temos mitologias mais novas e clássicos da literatura, então, de certa forma, estamos apenas continuando essa tradição”, afirmou Salvador, que trabalha no Museu Finlandês de História Natural.
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