Brasil pode liderar em biocombustíveis: BNDES recebe propostas de R$ 167 bilhões para biorrefinarias
Uma chamada pública do BNDES recebeu 76 propostas de negócios para a instalação de biorrefinarias de combustíveis renováveis para aviação e navegação no Brasil, somando R$ 167 bilhões em investimentos.
Do total recebido, 43 projetos têm como interesse principal a produção de combustíveis de aviação e totalizam R$ 120 bilhões. Já para combustíveis marítimos foram recebidas 33 propostas que somam R$ 47 bilhões.
Coordenado em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o chamamento busca aumentar exportações de SAF (Sustainable Aviation Fuel, ou Combustível Sustentável de Aviação) e atender às metas de consumo local definidas com a aprovação da Lei do Combustível do Futuro.
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O movimento vai ao encontro com metas globais de queda dos índices de poluentes na atmosfera. A Organização Marítima Internacional, por exemplo, quer reduzir pela metade a emissão de gases causadores do efeito estufa até 2050. Já a União Europeia pretende aumentar o uso de SAF em 63% nos próximos 25 anos.
De acordo com estimativas do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), o setor de transportes contribui com cerca de um quarto das emissões globais de CO₂, já que a queima é predominantemente de combustíveis fósseis.
A quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tornar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação. Biocombustíveis podem reduzir em até 94% as emissões de CO2
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
Agora, será feita uma avaliação das propostas para a liberação final da verba. A iniciativa da Nova Indústria Brasil (NIB) vai disponibilizar R$ 6 bilhões em recursos para os projetos, sendo R$ 3 bilhões do BNDES e R$ 3 bilhões da Finep.
O apoio poderá contemplar atividades e despesas relacionadas à pesquisa, desenvolvimento tecnológico, projetos de engenharia, plantas-piloto (semi-industrial e industrial), capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos e demais despesas relacionadas com a estruturação dos empreendimentos.
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